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Notícias / Mar 01, 2021

Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)

Resposta à Consulta Pública

Nota Introdutória

“Esta crise económica trouxe-nos uma questão essencial: ´reconstruimos o que tínhamos antes? Ou agarramos esta oportunidade para reestruturar e criar e diferentes empregos para as próximas décadas? ´ Reconstruimos. Numa direção diferente.”

Frans Timmermans, Vice-Presidente da Comissão Europeia
Bruxelas, 20 de maio de 2020

A frase de Frans Timmermans sobre a recuperação da economia, deve servir de base para a análise, mas também para a avaliação construtiva do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo governo Português.

Nesse sentido há três perguntas fundamentais que todos devemos colocar sobre o documento:

  1. O PRR responde às necessidades de emprego e da economia?
  2. O PRR permite a criação de bases da nova economia projetada para as próximas décadas?
  3. O PRR garante que Portugal consiga sair da cauda da Europa?

Em face das circunstâncias que vivemos e da preocupação que sentimos, também enquanto portugueses, empenhámo-nos na análise do documento procurando responder a estas perguntas. Esta resposta à consulta pública é o reflexo desse trabalho e da nossa crescente apreensão. Por este motivo queremos contribuir de forma construtiva para um programa que é crucial para o futuro do país.

Quando todos os sinais de alerta indicavam uma forte aposta na economia real e nos setores geradores de postos de trabalho, o PRR prevê que em cada dez euros, apenas dois se destinem diretamente aos setores produtivos e à subsequente criação de emprego. O setor público, retém os outros oito euros.

Quando devíamos projetar a economia para os desafios da próxima década, 5G, indústria 4.0, descarbonização, literacia digital ou requalificação de recursos humanos, o PRR prevê um investimento de 80 cêntimos, por cada dez euros, em estímulo à inovação e à investigação e desenvolvimento. E prevê um investimento de 0,25 cêntimos, por cada dez euros, em formação.

Quando devíamos procurar motores de investimento e grandes geradores de emprego, o PRR menoriza a importância dos estímulos às empresas com mais de 250 trabalhadores. Empresas que representam 1% do tecido empresarial, mas que contribuem com 40% do VAB do país.

Na nossa perspetiva, o crescimento é a única saída para a melhoria do nível de vida de todos os portugueses e para a resolução dos problemas estruturais do país.
Acreditamos que o PRR pode ainda, ser redirecionado refletindo estas preocupações. Acreditamos que depois de quatro décadas de aplicação de fundos externos esta é a derradeira oportunidade de participar na liderança da construção de uma nova economia para a Europa. Uma oportunidade que o país não pode perder.

Principais pontos de intervenção no PRR

  • As opções tomadas têm de corresponder a um modelo económico de longo prazo;
  • O PRR tem de responder às necessidades da nova economia de futuro tal como projetada pela Comissão Europeia;
  • O PRR repete os modelos e as soluções de aplicação de fundos externos das últimas quatro décadas e que não foram capazes de inverter a trajetória do país;
  • A aplicação de um plano de recuperação exige um tecido empresarial forte, competitivo e com escala internacional. Deve englobar todas as empresas. Não pode excluir ou menorizar o papel das empresas com mais de 250 trabalhadores – responsáveis por 40% do VAB;
  • A nova economia exige o reforço significativo do esforço de requalificação e adaptação dos programas de qualificação às necessidades do mercado e das empresas;
  • A recuperação só é possível com a redução dos elevados custos de contexto da economia portuguesa, em grande parte oriundos da máquina estatal, mas cuja resolução não passa apenas pela digitalização de alguns serviços;
  • O investimento deverá ter um “business case” associado a objetivos claros que permitam aferir do seu retorno para o país, antes e depois da sua execução;
  • O modelo de governação do PRR deverá proporcionar este controlo, sem deixar de ser simples, ágil, desburocratizado e próximo da economia real;
  • O processo de adjudicação dos fundos disponíveis deverá ser competitivo e transparente.

A nossa análise desconstruiu os três eixos do PRR; Resiliência, Transição Climática e Transição Digital, agregando-os nas seguintes áreas de intervenção

  • Respostas Sociais (4.998M€ ou 30% do PRR)
  • Qualificações e Emprego (1.918M€, ou 11,5% do PRR)
  • Serviços Centrais do Estado (1.654M€, ou 9,9% do PRR)
  • Infraestruturas e Mobilidade (2.165M€, ou 13% do PRR)
  • Investimentos no Espaço Rural (1.106M€, ou 6,6% do PRR)
  • Descarbonização Privada (1.456M€, ou 8,7% do PRR)
  • Empresas (3.346M€, ou 20,1% do PRR)

Áreas de Intervenção

Respostas sociais (4.998M€ ou 30% do PRR)

A crise provocada pela COVID-19 tornou evidente a importância de investir para aumentar a resiliência do país. É inegável a urgência de... (continue a ler)

Leia o documento completo

 

 

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Lisboa, Portugal: A Hovione, a CDMO farmacêutica especializada e integrada e líder em spray drying e engenharia de partículas, anunciou hoje o seu compromisso em estabelecer Science-Based Targets (SBTs) em linha com o Acordo de Paris. Este passo ambicioso sublinha a dedicação da empresa em lidar com as alterações climáticas e impulsionar a sustentabilidade nas suas operações. Ao comprometer-se com os SBTs, a Hovione junta-se a um número crescente de empresas que tomam medidas concretas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Esta iniciativa alinha-se com a estratégia de sustentabilidade mais alargada da empresa e reforça o seu compromisso com a excelência científica. “Na Hovione, acreditamos na ciência e nas melhores práticas.  E isto aplica-se claramente à nossa agenda de sustentabilidade”, disse Jean-Luc Herbeaux, CEO da Hovione. Tomámos a decisão de reduzir as nossas emissões de GEE utilizando um processo de definição de objectivos com base científica, que nos ajudará a promover a sustentabilidade nas nossas operações, estabelecendo um caminho claramente definido para reduzir as emissões em conformidade com os objetivos do Acordo de Paris. Acreditamos que, ao definir objetivos ambiciosos e implementar ações concretas, podemos ter um impacto positivo no planeta, ao mesmo tempo que impulsionamos inovação e crescimento.” A Hovione trabalhará em estreita colaboração com a iniciativa Science Based Targets (SBTi) para desenvolver e validar os seus objetivos de redução de emissões. A empresa fornecerá atualizações regulares sobre o seu progresso no sentido de atingir estes objetivos. Como parte do seu compromisso com a sustentabilidade e transparência para com os stakeholders, a empresa irá melhorar a sua classificação Ecovadis. A Ecovadis, uma plataforma de avaliação de sustentabilidade líder na indústria farmacêutica, fornece uma avaliação abrangente do desempenho ambiental, social e ético de uma empresa, bem alinhada com as ambições de sustentabilidade da Hovione. A Hovione continua empenhada em atuar de forma responsável e contribuir positivamente para a sociedade e o ambiente. A empresa continuará a implementar práticas sustentáveis nas suas operações e a inovar para melhorar ainda mais a sua classificação de sustentabilidade.    Saiba mais sobre a iniciativa Science-Based Targets (SBTs)  

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Hovione compromete-se com as Science-Based Targets para as emissões de gases com efeito de estufa (GEE)

Sep 09, 2024

A Hovione construiu e ofereceu ao município de Loures o Parque Verde de Sete Casas, com dois hectares. A cerimónia de entrega decorreu no dia 20 de junho, na presença do vereador da Câmara Municipal de Loures, Nelson Batista e do CEO da empresa, Jean-Luc Herbeaux. Na fotografia da esquerda para a direita: Nelson Batista, vereador da Câmara Municipal de Loures, Jean-Luc Herbeaux, do CEO da Hovione.   Desenhado a pensar na população residente vizinha às instalações da empresa, o novo espaço oferece condições privilegiadas para a prática de atividades de lazer e desporto ao ar livre, sendo um contributo para a promoção da qualidade de vida que serve os munícipes de todas as faixas etárias. O espaço, no qual foram investidos 550 mil euros, inclui percursos pedonais, um circuito de manutenção, equipamento infantil, anfiteatro natural, zonas de lazer e merenda, bem como três hotéis para acolher abelhas, joaninhas e borboletas. Na construção foram plantadas mais de 200 árvores de diferentes espécies e transplantadas mais de 30 oliveiras, que se somaram aos sobreiros e pinheiros existentes no espaço. O novo Parque Sete Casas é vizinho às instalações da Hovione, construídas em 1969. Desde então a Hovione tem vindo sempre a reforçar os laços com a comunidade, promovendo diversas iniciativas de encontro e apoiando instituições locais ligadas à educação, ciência, cultura e desporto.   A Hovione é uma empresa global com fábricas em Portugal, EUA, Irlanda e Macau e tem escritórios no Japão, Suíça, Hong Kong e Índia e uma presença crescente na China continental. Após um período de crescimento contínuo, a empresa emprega agora mais de 2.400 pessoas, incluindo 300 investigadores, que produzem todos os dias medicamentos inovadores que são essenciais para a vida e a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo. "Loures representa o berço da Hovione. Esta ligação histórica ao munícipio e o compromisso da empresa nas áreas do ambiente e de responsabilidade social materializam-se neste espaço de recreio e lazer que beneficiará toda a população local”, salienta Jean-Luc Herbeaux, CEO da Hovione. “É uma honra para a Câmara Municipal de Loures contar com a Hovione no seu território: por serem um motor de desenvolvimento, pelo envolvimento com a comunidade e pela responsabilidade social. A promoção do Parque Verde de Sete Casas possibilita ser uma referência para o ambiente, recreio e lazer com grande valia para a população”, refere Nelson Batista, vereador da Câmara Municipal de Loures.   Sobre a Hovione Fundada em 1959, a multinacional Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione tem uma oferta integrada de productos e serviços de desenvolvimento e produção de princípio ativos e formulação para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega cerca de 2400 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 1700 em Portugal. A Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal - www.hovione.com     

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Hovione oferece Parque Verde ao município de Loures

Jun 25, 2024

Lisboa, 19 de junho de 2024  – A Hovione, empresa que presta serviços de desenvolvimento e produção à indústria farmacêutica e líder global na tecnologia de spray drying e em engenharia de partículas recebeu no seu centro de I&D, no Lumiar, Luís Pratas Guerreiro, presidente do IAPMEI, para a inauguração da nova linha de Produção em Contínuo (Continuous Tableting – CT). A Produção em Contínuo é um processo farmacêutico inovador de fabrico de comprimidos. Enquanto no processo tradicional os comprimidos são produzidos em etapas, no caso da Produção em Contínuo todos os estágios – da mistura de ingredientes à prensagem dos comprimidos – sucede num fluxo único e ininterrupto. Este método assegura a eficiência ao reduzir o tempo de produção e minimizar o desperdício. A qualidade é garantida através de monitorização e ajustes automáticos em tempo real. A nova linha de I&D é o resultado de uma parceria com a GEA, empresa líder global em tecnologia de processos para a indústria farmacêutica. A nova linha é a única no género no mundo e replica os componentes mais críticos da linha de fabrico comercial de larga escala da Hovione, a operar em Loures. O equipamento agora instalado no laboratório do Lumiar será utilizado pelos cientistas da Hovione para otimizar as condições de produção de comprimidos, tendo em vista o aumento de escala na produção de medicamentos para os seus clientes, utilizando quantidades mínimas de ingredientes farmacêuticos. "O campus do IAPMEI, no Lumiar, é a sede de várias empresas pioneiras que contribuem para o crescimento económico do país. A decisão da Hovione de instalar aqui este equipamento altamente inovador mostra que o campus é um local atrativo para empresas baseadas em I&D que desenvolvem e investem em tecnologias de ponta", diz Luís Filipe Pratas Guerreiro, presidente do IPAMEI. "Com este investimento em Portugal, a Hovione está a contribuir para estabelecer um novo padrão de excelência no fabrico de produtos farmacêuticos a nível mundial, o que está em linha com o objetivo do IAPMEI de impulsionar a inovação tecnológica e melhorar a eficiência industrial." "A Hovione foi fundada em Portugal há mais de 65 anos e, desde sempre, o nosso caminho para nos tornarmos uma empresa verdadeiramente internacional tem sido impulsionado pela ciência e inovação", diz Jean-Luc Herbeaux. "Somos reconhecidos como o líder mundial em spray drying farmacêutico e estamos a desenvolver a mesma posição de liderança na Produção em Contínuo, uma tecnologia que contribui para acelerar o lançamento de medicamentos, minimizando o consumo de ingredientes ativos dispendiosos na fase de desenvolvimento.  Optámos por instalar a esta nova linha de nas nossas instalações no campus do IAPMEI no Lumiar, que, nos últimos 12 anos, tem proporcionado um ambiente excelente e altamente motivador para os nossos mais de 200 investigadores."   Sobre a Hovione Fundada em 1959, a multinacional Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione tem uma oferta integrada de productos e serviços de desenvolvimento e produção de princípio ativos e formulação para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega cerca de 2400 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 1700 em Portugal. A Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal - www.hovione.com      Saiba mais sobre a Produção em Contínuo (Continuous Tableting – CT) Saiba mais sobre o centro de I&D da Hovione Lumiar    

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Presidente do IAPMEI inaugura nova linha de produção em contínuo da Hovione

Jun 19, 2024