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Comunicado de Imprensa / Feb 25, 2022

Jean-Luc Herbeaux é o novo CEO da Hovione

Jean-Luc Herbeaux será o novo Chief Executive Officer (CEO) da Hovione a partir de 1 de Abril

CEO Transition - Guy Villax and Jean-Luc Herbeaux | Hovione

Lisboa, 25 de Fevereiro 2022 – Jean-Luc Herbeaux será o novo Chief Executive Officer (CEO) da Hovione a partir de 1 de Abril. A decisão do Conselho de Administração da empresa define assim o sucessor de Guy Villax, que dirige a multinacional química-farmacêutica portuguesa desde 1997. Guy Villax mantém-se ligado à empresa, como membro do Conselho de Administração e acionista. 

 

 

 

A nova liderança marca o início de uma nova fase na história da Hovione, fundada em 1959 por Diane e Ivan Villax — e, desde então, sempre gerida pela família —, que se traduz numa ambiciosa estratégia de expansão e crescimento.  “Vinte cinco anos depois de ter assumido esta responsabilidade, chegou o momento de deixar a liderança nas mãos de alguém que todos sabemos capaz de nos tornar ainda mais competitivos e melhores, e de o fazer dentro do quadro de princípios e valores que definem a Hovione desde o primeiro dia: integridade, servir bem os nossos clientes, rigor cientifico e trabalho em equipa. É um orgulho para a Hovione e para Portugal contribuirmos em 10% dos novos medicamentos que todos os anos são aprovados pela FDA (Food and Drug Administration). Isto é fruto do talento dos nossos colaboradores e das nossas universidades.” revela Guy Villax.

 

 

 

Nos últimos 25 anos a Hovione, duplicou o número de fábricas no mundo, viu a sua equipa aumentar de cerca de 450 para 2000 colaboradores, dos quais cerca de 1400 em Portugal, e tornou-se no maior empregador privado de doutorados em Portugal. 

 

 

 

Jean-Luc Herbeaux é o chief operating officer (COO) da Hovione desde 2020, tendo desenvolvido um importante trabalho de reorganização e definição de estratégia para preparar a empresa para os desafios de um mercado cada vez mais global e competitivo. “Os nossos clientes são exigentes, os problemas que nos pedem para resolver implicam cada vez mais sofisticação e rigor do ponto de vista técnico, científico e industrial. As expectativas são, portanto, elevadas e a nossa responsabilidade aumenta à medida que a Hovione ganha mais protagonismo.”  Jean-Luc Herbeaux acrescenta “Produzimos em Portugal, na Irlanda, nos Estados Unidos e em Macau; e essa presença, nacional e internacional, será aprofundada com a consistência e qualidade que nos define desde sempre e assim continuará a ser.”

 

 

 

O novo CEO da Hovione assume funções num momento em que a empresa tem em curso a execução de um ambicioso plano de investimentos anunciado em $170Milhões, com a ampliação e melhoramento das instalações em Portugal, na fábrica de Loures, Nova Jérsia, EUA, mas também em Cork, na Irlanda. Está também em planeamento a construção de um novo polo industrial no Seixal.

 

 

 

Antes de se mudar para Portugal para se juntar à Hovione, Jean-Luc Herbeaux ocupou vários cargos de liderança na Evonik, onde liderou a Linha de Health Care, tendo reposicionado o negócio, impulsionando uma agenda de crescimento intencional, sustentável e lucrativa. Os seus cargos anteriores, que incluíam cargos seniores na Europa e na Ásia, permitiram que ele desenvolvesse uma forte experiência na gestão de organizações globais complexas. Jean-Luc Herbeaux, tem formação em Engenharia Mecânica, pela Université de Technologie de Compiègne (UTC), França, com um mestrado e doutoramento em Engenharia Mecânica, ambos atribuídos pela Universidade de Houston nos EUA.

 

 

 

 

Sobre a Hovione: Fundada em 1959, a multinacional Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega cerca de 2000 pessoas em todo o mundo. A Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal e tem presentemente oito programas de doutoramento e oito de mestrado a decorrer na Empresa. A sua atividade de investigação e desenvolvimento em Portugal emprega mais de 420 técnicos e cientistas.
 

 

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O Secretário de Estado do Ambiente deixou o alerta aos empresários na conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, promovida pela AmCham Portugal. "A sustentabilidade é, e continuará a ser, um fator de competitividade para as empresas”. A frase, de António Martins da Costa, é suportada por dados recentes do World Economic Forum (WEF) que apontam para a importância crescente que os gestores (47% dos inquiridos pela organização) atribuem à identificação e mitigação das mudanças climáticas, que encaram cada vez mais como um fator transformador para os seus negócios. Mas, o presidente da AmCham Portugal revelou ainda, durante a sessão de abertura da conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, que os temas ambientais e os riscos climáticos são atualmente referidos como o segundo maior risco global para as empresas, também de acordo com o WEF. Adicionalmente, salienta o responsável, na perspetiva dos 162 investidores inquiridos por um estudo da Universidade de Yale, e que representam um conjunto de ativos superior a seis mil milhões de euros, “sem informação atempada não será possível atingir as metas da sustentabilidade”. Neste contexto, António Martins da Costa, defende que “Portugal tem capacidade e potencial para ser um pilar da transformação, e transformar este potencial em realidade será um fator crítico de sucesso para o país”. Uma perspetiva partilhada por Emídio Sousa que acredita que Portugal conta, em matéria de sustentabilidade, com diversas vantagens competitivas face aos seus congéneres europeus. 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Aliás, a empresa lançou uma plataforma, que inclui organizações que fazem parte desta cadeia de valor, e que promove a circularidade do vidro, cujas metas passam por evitar o recurso à natureza para obter matéria-prima e tentar contribuir para elevar a taxa de reciclagem que, afirma, “está estagnada”. Em 2025 espera-se que esta taxa chegue aos 56% quando o objetivo inicial era de 70% para a mesma data. “Há ventos de mudança, mas desafios contínuos”, reforça. Do lado da banca que, nas palavras de Cristina Melo Antunes, “tem responsabilidades no financiamento da transição energética”, a inclusão dos riscos climáticos e de outros critérios ESG (sigla em inglês para Ambiente, Social e Governação) nas análises de risco de financiamento e crédito “deverá ser obrigatória”. No entanto, assume, “é também um grande desafio para as instituições financeiras”. Já Ricardo Morgado, na The Loop Co., cujo modelo de negócio assenta na circularidade – primeiro na venda de livros usados, depois de materiais usados para bebés e, mais recentemente, no segmento B2B no apoio a empresas que pretendam instalar modelos de economia circular internamente -, acredita que há vontade nas empresas para fazer crescer estes modelos de negócio. “Os consumidores estão disponíveis para modelos circulares, painéis solares, e em saber como os produtos são feitos, e não podem ser esquecidos porque são a principal força política nesta matéria”, alerta. Opinião partilhada por Cristina Melo Antunes que acrescenta ainda que “do lado das empresas, saber cooperar é muito importante para garantir uma maior transferência de conhecimento”.   Um desafio de responsabilidade Garantir que a sustentabilidade possa ser um motor para o crescimento económico é um desafio, mas também uma responsabilidade para as empresas. E, para que esta meta seja uma realidade, o primeiro desafio passa por “ter toda a cadeia de valor alinhada”, como defende Cristina Mira Godinho, diretora de qualidade e de sustentabilidade da EFACEC, que participou no segundo debate do dia. Mas, acrescenta Franco Caruso, “a maturidade do ecossistema empresarial ainda é uma barreira”. O diretor de sustentabilidade e comunicação do Grupo Brisa defende que “a palavra-chave é maturidade nos vários níveis e áreas das empresas”, o que ainda não existe em todas as organizações, nem tão pouco nos países da Europa que se movimentam a diferentes velocidades. Deste processo de transformação, acredita, sairão empresas mais eficientes e competitivas e, por isso, mais capazes de contribuir para o crescimento da economia. “Estamos todos no mesmo barco, e não vamos sozinhos”, reforçou Inês Mota. 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Ambas as organizações contam com grandes departamentos de investigação e desenvolvimento (I&D) que apoiam a inovação e que garantem o registo de patentes, muito valorizadas do outro lado do Atlântico. Aliás, Paula Guimarães revela que o centro de I&D para consultoria florestal da The Navigator Company faz parte do Top 10 das organizações nacionais com maior número de patentes internacionais. “Temos 95 investigadores e 45 patentes registadas”, salienta. Do lado da Hovione, que abriu a primeira fábrica em território norte-americano em 2022 e que, com esta aposta, viu o seu crescimento triplicar desde 2016, são 240 os cientistas que trabalham em Portugal, “com um grande historial de patentes e de parcerias com empresas tecnológicas”. O objetivo, diz Jon Peers, “é manter elevados níveis de inovação e estar à frente da concorrência”. Por outro lado, a certificação, apesar de ser um processo muito orientado para o mercado, “ajuda a ir mais longe, a preparar o negócio para ser mais eficiente e resiliente, e é atrativo para atrair as gerações mais jovens”, afirma a responsável da Navigator, que tem presença nos Estados Unidos há mais de duas décadas. “A certificação dá credibilidade e valor ao negócio, e evita ações de green washing”, reforça Jon Peers. Já em jeito de conclusão, Leslie Rubio, presidente da comissão de sustentabilidade da AmCham, destacou a sustentabilidade como “uma prioridade e uma obrigação”, e como ferramenta de resiliência para empresas e sociedade. O desafio, por agora, será gerir a complexa regulação ao mesmo tempo que se processa a transição e se cumprem as metas do Green Deal. “Portugal tem liderado na inovação sustentável, e as empresas portuguesas podem encabeçar esta transformação”, conclui.   Leia o artigo completo em ECO.sapo.pt  

Artigo de Imprensa

Emídio Sousa: “Atalhamos caminho, ou os nossos recursos esgotam”

Mar 06, 2025