Despesas com investigação e desenvolvimento foram 1,27% do valor do PIB em 2016. Empresas valem quase metade do dinheiro investido no sector.
Portugal investiu, no ano passado, 2348 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D), relevam os dados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2016, que foram publicados, esta segunda-feira, pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). Este valor representa 1,27% do produto interno bruto (PIB) de 2016 e significa que, pela primeira vez desde 2010, o país aumenta as despesas com o sector relativamente ao ano anterior.
Os 1,27% do PIB investidos em I&D em 2016 significam um aumento ligeiro face ao valor verificado ano anterior (mais 0,03 pontos percentuais). Este crescimento é, ainda assim, suficiente para pôr um ponto final no ciclo de queda que se verificava desde 2010. "Conseguimos finalmente inverter a tendência de decréscimo da despesa pública e privada", valoriza ao PÚBLICO o ministro da Ciência, Manuel Heitor.
Na lista dos principais investidores empresariais em I&D seguem-se a farmacêutica Hovione (cujo total de investimento não foi divulgado pela DGEEC, por falta de autorização da empresa), o grupo BCP (quase 32 milhões de euros) e a farmacêutica Bial, que apesar de ter diminuído o seu investimento gradualmente nos últimos seis anos, em 2016 gastou 29,4 milhões de euros em investigação. A Bial é também a empresa com o maior número de investigadores doutorados contratados, com 29. A fechar o “top 5” está a empresa tecnológica Coriant Portugal, que teve, no último ano, despesas de 20,34 milhões de euros com investigação.
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PCTN16: Empresas com mais despesa em I&D
Artigo de Imprensa
Público Online, 21 Agosto
Portugal volta a aumentar investimento em ciência depois de seis anos de quebra