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Catarina Tendeiro: «O papel do Diretor de RH tornou-se mais crucial do que nunca»
Lider Magazine, 21 de Agosto de 2023
Quem conhece a Catarina Tendeiro sabe que encara o talento e a gestão de pessoas como a matéria-prima para o sucesso de qualquer organização.
À frente da Direção de Recursos Humanos da Hovione, confessa-se especialmente entusiasmada com o trabalho que tem em mãos na multinacional portuguesa da Ciência da Saúde, uma vez que o propósito de salvar vidas é omnipresente.
Numa época em que o mundo corporativo coloca muitas incertezas, novas variáveis e um futuro singular, cabe aos RH fazer ressoar em cada colaborador a sua missão? Estará a área a sofrer algumas dores de crescimento, algumas convulsões? Há novas realidades que impõem exigentes desafios aos gestores. E estes não ficam por aqui! A semana de quatro dias de trabalho é vista como uma inovação social e uma melhor forma de organizar a economia no século XXI. Quais os novos desafios do nosso tempo e como vamos dar respostas?
Colocámos a pergunta: Está na hora da área de Recursos Humanos se regenerar? a quatro diretores de Gestão de Pessoas. Catarina Tendeiro aceitou o desafio:
«Vivemos um contexto de profundas mudanças sociais, demográficas e tecnológicas. A evolução tecnológica reforça a importância do talento, enquanto o “inverno demográfico”, entre outros fatores, geram escassez e guerra por talento. O papel do Diretor de Recursos Humanos tornou-se mais crucial do que nunca, e requer uma reinvenção contínua.
A tecnologia revolucionou formas de trabalho, e o RH não é exceção. A automação e a inteligência artificial simplificaram processos de RH, como recrutamento, integração e gestão de desempenho. Os diretores de RH devem tirar partido desses avanços tecnológicos, utilizando análise de dados e algoritmos para tomar decisões estratégicas, aumentando a eficiência, reduzindo custos e contribuindo para estratégias de Gestão de Pessoas orientadas por dados.
Por outro lado, a forma de trabalho tem tido mudanças relevantes. Os colaboradores millennial e geração Z são hoje uma parte substancial dos colaboradores, trazendo expectativas e estilos de trabalho diferentes. Para atrair, envolver e reter essas gerações, os Diretores de RH (DRH) precisam de se reinventar, adotando modelos de trabalho flexíveis, promovendo culturas de desenvolvimento e incentivando um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Ao se adaptarem às necessidades dessas gerações, os DRH podem ajudar que as empresas permaneçam competitivas no contexto de “guerra de talento”.
Adicionalmente, as expectativas dos colaboradores evoluíram, com a valorização de um propósito e cultura, oportunidades de crescimento, e sentido de pertença.
Esta evolução também obriga os DRH a uma reinvenção na forma como interagem com a estratégia de negócio para promover o bem-estar, a felicidade, a diversidade e inclusão e, ao mesmo tempo, desenvolver ferramentas de feedback, planos de desenvolvimento personalizados e criação de ambientes de trabalho que promovem a colaboração e a inovação produtiva – gerando maior produtividade, retenção e sucesso.»
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