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A farmacêutica portuguesa é o único produtor mundial de um excipiente essencial para a produção do antiviral remdesivir, da Gilead Sciences, um dos medicamentos autorizados para o tratamento da covid-19. E tem mais de 500 patentes registadas.   A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e dispositivos médicos e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. “Hoje, somos o único produtor mundial de Captisol®, um excipiente essencial para a produção do antiviral remdesivir, da Gilead Sciences, um dos medicamentos autorizados para o tratamento da covid-19”, diz Guy Villax, CEO da Hovione. A empresa também desenvolveu e produz um em cada dois comprimidos dos antivirais que curam a hepatite C. A Hovione exporta a produção das suas fábricas de Loures, Macau ou da Irlanda enquanto a quarta fábrica, nos Estados Unidos, suporta o mercado americano. Emprega cerca de duas mil pessoas, das quais 300 investigadores. “Somos o maior empregador privado de doutorados em Portugal. As excelentes universidades portuguesas permitem-nos recrutar grandes técnicos, pessoas com enorme potencial, embora o nosso recrutamento seja feito globalmente”, revela Guy Villax, filho de Ivan Villax, que, com a mulher Diane e dois compatriotas húngaros, fundou a Hovione em 1959.   A fábrica do Seixal Em 2021, a Hovione vai continuar a crescer e a aumentar a sua presença nas principais geografias, garante Guy Villax, referindo que, em 2019, a empresa faturou 150 milhões de euros e, em 2020, 192,5 milhões de dólares, excluída a faturação da operação internacional. “Temos vindo a crescer acima do mercado, graças ao nosso pipeline, que é muito forte em projetos de síntese química, design e engenharia de partículas. A nossa carteira de clientes e share of wallet está a crescer à medida que cada vez mais empresas farmacêuticas nos procuram para fazermos a transformação dos seus compostos químicos em produtos farmacêuticos”, explica Guy Villax. A estratégia de crescimento passa pela construção de uma nova fábrica no Seixal. “Neste momento, a nossa equipa está a finalizar os estudos de engenharia de modo a iniciar a construção da fábrica rapidamente. Com este investimento, e com outros projetos de expansão planeados para Cork, na Irlanda, e para New Jersey, nos EUA, a Hovione pretende reforçar as atuais áreas de negócio e criar condições para se estabelecer em novos setores, utilizando tecnologias inovadoras para atender a novas modalidades terapêuticas e produzir através de processos de fabrico contínuo”, considera Guy Villax. A Hovione tem, além das quatro fábricas, em Portugal, Estados Unidos da América, Irlanda e Macau, escritórios em Hong-Kong, Japão, Suíça e Índia. Segundo Guy Villax, “o negócio está bem distribuído. Não há nenhum cliente, nem produto, que chegue a 10% das vendas. Ainda assim, o maior mercado e o mais dinâmico, é dos Estados Unidos, que é também o nosso maior mercado. Nos últimos quatro anos a Hovione esteve envolvida em cerca de 10% dos novos medicamentos aprovados pela FDA (Food & Drug Administration)”.   500 patentes A farmacêutica portuguesa tem uma posição de liderança em engenharia de partículas por ser fortemente diferenciadora e uma fonte de crescimento, com as outras áreas de negócio de síntese química e serviços de formulação também a crescer. “A Hovione decidiu o ano passado aumentar, ainda mais, o enfoque na investigação e inovação e comprometeu-se a fazê-lo através da colaboração com alguns dos melhores institutos e universidades do mundo. O anúncio da nova parceria com o iBET ilustra esse compromisso. A parceria com o iBET, e com outros institutos de estatura semelhante, permitirá criar novas soluções capacitadoras, combinando o conhecimento de ponta em química, ciência de materiais, tecnologias de formulação e fabricação, biologia e bioprocessamento e o mercado”, considerou Guy Villax. Mas são as mais de 500 patentes registadas a nível mundial em 40 famílias distintas que ilustram o princípio de que as patentes são a “condição e garantia” para haver investimento em investigação. “Este é um dos indicadores que reflete a nossa pegada científica. Mas este currículo científico não nos torna complacentes, pelo contrário. A ciência anda muito depressa, como se viu agora com a vacina para a covid-19, e a Hovione investe milhões de euros todos os anos em I&D para não só acompanhar como até liderar algumas áreas, tal como a de engenharia de partículas”, conclui Guy Villax. As empresas da Hovione são detidas em partes iguais pelos acionistas da segunda geração, os irmãos Peter, Guy, Sofia e Miguel. A terceira geração tem 16 membros, um dos quais já trabalha na Hovione, e a quarta geração dois membros. Em 2020 a Hovione foi uma das doze vencedoras do Prémio Exportação e Internacionalização, uma iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco em parceria com a Iberinform Portugal, tendo recebido o prémio setores estratégicos – Saúde.   Leia o artigo em JornaldeNegocios.pt  

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Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal

Oct 04, 2021

A presença da Hovione em Macau permitiu que a empresa criasse um protocolo para reduzir ao máximo o risco de contágio logo em fevereiro de 2020.   “A Hovione atua num mercado que não pode parar dado o impacto da nossa atividade na saúde de milhões de pessoas no mundo inteiro e, como tal, a pandemia foi um enorme desafio organizativo”, diz Guy Villax (na foto), CEO da Hovione. “Produzir medicamentos indispensáveis implica aceitar uma enorme responsabilidade: não podermos parar a nossa atividade sob pena de prejudicarmos a vida a milhões de pessoas. Os colaboradores da Hovione mantiveram-se sempre ativos e as fábricas nunca pararam.” Em fevereiro de 2020, a Hovione começou a adotar as primeiras medidas de precaução, designadamente a triagem das entradas e saídas de pessoas nos laboratórios e fábricas, a desinfeção das mãos e a medição de temperatura. Como explica Guy Villax, foi “a experiência como multinacional, e em particular a nossa presença em Macau, que permitiu que começássemos a concretizar estas medidas de prevenção muito cedo. Naturalmente, aprendemos muito com esta experiência e replicámo-la em Portugal, na Irlanda e nos Estados Unidos. Ou seja, criámos um protocolo desenhado especificamente para reduzir ao máximo o risco de contágio”. Esse protocolo implica a testagem regular e o rastreio dos casos positivos, mas também o desfasamento de horários e isolamento das equipas e das áreas funcionais. Criaram silos dentro da empresa e usaram o teletrabalho quando era possível.   Componente do remdesivir A pandemia de covid-19 não mudou o caráter e os processos da organização, mas obrigou a que se adaptassem para dar resposta imediata aos novos objetivos e às necessidades dos clientes, e à proteção dos colaboradores. “Paralelamente, a pandemia também trouxe um novo desafio aos cientistas e a toda a empresa. A pandemia permitiu-nos também inovar nos métodos de trabalho: nestes dois anos, as nossas equipas internacionais, em três continentes, aproximaram-se ainda mais, colaboraram mais uns com os outros, pensaram mais em conjunto”, sublinha Guy Villax. A Hovione assumiu também a responsabilidade de participar no esforço global de combate à covid-19. Guy Villax recorda que tiveram “uma participação muito ativa na produção e disponibilização de álcool-gel no mercado num período em que se verificou escassez de produto. Distribuímos álcool-gel gratuitamente aos nossos colaboradores, parceiros diretos, hospitais, bombeiros, organismos públicos, entidades de cariz social e de solidariedade. No total, foram produzidas cerca de 250 toneladas da solução SABA, a um ritmo médio de 40 toneladas por semana, e foram oferecidas pela empresa a 700 entidades em Portugal, que estavam na linha da frente do combate ao coronavírus.” Com a pandemia tiveram custos acrescidos que não estavam previstos em orçamento, mas “dada a natureza do nosso negócio e o importante contributo da Hovione no combate à pandemia na produção dos componentes do remdesivir, foi possível cumprir o nosso orçamento”, revela Guy Villax.     Leia o artigo em JornaldeNegocios.pt    

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A experiência da pandemia numa multinacional farmacêutica

Oct 04, 2021

  Empresa farmacêutica, liderada por Guy Villax, quer produzir componentes mRNA usados na produção de vacinas como a da Pfizer ou da Moderna.   Dois anos depois de a Hovione ter anunciado um investimento que pode ir até €200 milhões num novo complexo industrial de alta tecnologia no Seixal, a sua construção ainda não teve início. “O processo de licenciamento não é simples, mas acreditamos que as obras deverão arrancar no final deste ano ou em janeiro de 2022 e que poderemos iniciar parte da produção em 2023”, adianta em entrevista ao Expresso Guy Villax, administrador-delegado da empresa farmacêutica portuguesa, que não poupa nas críticas a Portugal em matéria de criação de um ambiente favorável ao investimento e à inovação no sector.   A expansão da capacidade industrial para o Seixal vai permitir que a Hovione — que exporta 100% do que produz — aumente a exportação de produtos farmacêuticos para os Estados Unidos da América, Europa e Japão, os mercados mais regulados do mundo no sector. Com uma área de cerca de 40 hectares, o novo campus vai ser a casa para a expansão de várias áreas de negócio, organizadas por tecnologia. Algumas estão extremamente maduras, como a engenharia de partículas, que em 15 anos já representa metade do negócio da farmacêutica — e está a crescer. “Há um volume de negócios óbvio que está a transbordar de Loures e tem de ir para o Seixal”, explica o líder da empresa, que registou em 2020 um aumento de 20% face às receitas de €155,5 milhões em 2019.   Leia o artigo completo em Expresso.pt  

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Fábrica no Seixal aposta em tecnologia na base das vacinas contra a covid-19

Jul 02, 2021

Esta quarta-feira pode assistir a mais um episódio do “Admirável Mundo Novo”, o oitavo, fechando assim esta primeira temporada. A convidada desta semana é Ilda Ventura, VP Human Resources com responsabilidade internacionais, da Hovione, que será entrevistada por Nuno Troni, director da Randstad Professionals. Tendo experiência internacional, irá comparar a realidade portuguesa com outras nas quais teve experiência, entre termos de gestão de pessoas mas também de cultura empresarial, focando áreas como o da produtividade, por exemplo, mas sem esquecer temas da actualidade. Não perca, dia 2 de Junho, às 14h30.   Desde Julho de 2020 vice-presidente de Recursos Humanos da Hovione, Ilda Ventura vinha de uma experiência de 3 anos como Global HR director da HERE Technologies, em Berlim, mas no seu percurso destaca-se a carreira que desenvolveu na HP, também internacional, tendo passado por Espanha e Alemanha. Será essa experiência internacional que servirá de ponto de partida para uma conversa que irá passar por temas como a produtividade – será que depende mais da capacidade ou do ambiente de trabalho -, o agravemento da saúde mental dos colaboradores, a gestão da dicotomia entre p teletrabalho e o trabalho presencial e também expectativas para a segunda metade de 2021. Pode assistir à entrevista aqui, no site da Human Resources, e nas nossas redes sociais. Fique atento.   Leia o artigo em HRPortugal.sapo.pt

Artigo de Imprensa

Admirável Mundo Novo. Nuno Troni entrevista Ilda Ventura, VP Human Resources da farmacêutica Hovione

Jun 28, 2021

  A associação Business Roundtable Portugal apresentou-se esta terça-feira pelas vozes de Vasco de Mello, Cláudia Azevedo e António Rios Amorim   A associação Business Roundtable Portugal (BRP) apresentou-se esta terça-feira em Lisboa, pelas vozes de Vasco de Mello, Cláudia Azevedo e António Rios Amorim. Estes três líderes empresariais, e representantes de algumas das mais ricas famílias portuguesas, são os principais rostos daquela nova associação, que pretende dar um choque de crescimento à economia nacional. São 42 empresas, de A a V, da Altice à Visabeira, passando pela EDP, Galp, BCP ou pela Jerónimo Martins, representando parte importante da criação de emprego do País e com receitas globais de mais de 80 mil milhões de euros (dados de final de 2020). E é todo este “poder de fogo” que pretende fazer-se ouvir, com propostas, pela sociedade, mas sobretudo pelo poder político, para aumentar de forma vincada o ritmo de crescimento da economia portuguesa. “Queremos um Portugal capaz de valorizar e qualificar os Portugueses, apoiar a criação, desenvolvimento e a escala das nossas Empresas e melhorar o desempenho do Estado”, afirmou o presidente da BRP, Vasco de Mello, tocando exatamente nos três eixos principais à volta dos quais querem trabalhar: pessoas, empresas e Estado. O objetivo assumido é contribuir para que Portugal ascenda a um lugar entre os 15 países com maior PIB per capita da União Europeia. E como vai ser isto feito? Sobretudo em duas vertentes. A primeira é através da própria prática das 42 empresas associadas, em áreas como a requalificação de pessoas. A segunda é através da elaboração de estudos e produção de propostas concretas “pragmáticas e exequíveis”, que serão partilhadas com a sociedade e pretendem necessariamente influenciar o poder político. Um dos argumentos da associação é que os estudos e as propostas, bem como os testes associados, serão feitos com recurso aos meios e às equipas das próprias empresas, tirando partido dos seus quadros. A associação afirma-se apartidária, mas os responsáveis admitem que será impossível atingir a sua missão “sem colaboração com as forças públicas”, entre elas o Estado. A iniciativa, aliás, já terá sido apresentada ao Governo, antes de se dar a conhecer ao público. Da mesma forma, os responsáveis afastam qualquer incompatibilidade entre a BRP e as associações patronais que já existem, e que têm assento na Concertação Social, influenciando dessa forma as medidas públicas. A BRP terá uma estrutura própria, ainda que reduzida, liderada pelo secretário-geral, Pedro Ginjeira do Nascimento. E os associados são as próprias 42 empresas, mas todas representadas ao mais alto nível pelos seus líderes.     Assim, na sessão de apresentação participaram os restantes membros da direção: Sandra Santos, CEO da BA Glass; Nuno Amado, chairman do BCP; Guy Villax, CEO da Hovione; Paulo Rosado, CEO da Outsystems; Fernando da Cunha Guedes, presidente da Sogrape; e João Castello Branco, CEO da Semapa. Propostas concretas ainda não existem, apenas o diagnóstico. Que parece um copo quase vazio e contrasta com o copo quase cheio que sucessivos Governos costumam apresentar sobre Portugal. Sendo o desejo de empresas e do Governo em aumentar a riqueza do País, a diferença estará na forma de lá chegar, que terá, segundo a BRP, de passar por uma rutura na educação, maior aposta na requalificação, maior escala e produtividade nas empresas e um posicionamento mais simples e amigo da iniciativa privada, por parte do Estado. Depois da apresentação, com todo o poder destas 42 grandes empresas, começa agora o trabalho. Para que, daqui a alguns meses, comecem a surgir as primeiras propostas concretas, que até podem ir a tempo de influenciar a forma como os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência podem ser usados. “Se calhar precisamos de parar para pensar. Não muito tempo, é claro, mas às vezes é melhor para pensar na melhor forma de fazer as coisas do que fazer da mesma forma que fizemos no passado, apenas com mais dinheiro”, defendeu Cláudia Azevedo, líder da Sonae.   Apresentação Associação Business Roundtable Portugal BRP   Leia o artigo em Exame.pt  

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Maiores empresas juntam-se para influenciar políticas de crescimento do País

Jun 22, 2021

A indústria farmacêutica tem crescido em Portugal, duplicou as exportações numa década e investe mais na investigação, mas o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, diz que é necessária maior ambição. Em entrevista, que pode ver na íntegra na JE TV, diz que há oportunidades a aproveitar, pelo novo enquadramento pós-pandemia e pelos recursos que Portugal terá disponíveis.   Os empresários da saúde e da indústria farmacêutica queixam-se de que o sector nem sempre vê reconhecido o seu papel na economia e que é encarado mais pela função social. Como é que o Ministério da Economia olha para este sector? A indústria do medicamento tem, evidentemente, uma dimensão económica que é inegável. Representa uma atividade muito relevante do ponto de vista da geração de emprego, qualificado, e da criação de produto, e, nesse sentido, é um sector económico como os outros. Mas temos claro que o medicamento é um bem com características especiais, é um bem com valor reforçado, que responde a necessidades básicas das pessoas e das sociedades. Essa dimensão social que está associada àquilo que é o produto da atividade económica do sector do medicamento é, também, inegável. Tem de se olhar para estar articulação entre a dimensão económica e a dimensão social, com os valores em que em cada uma das diferentes áreas devemos ter em atenção. Não há contradição entre essa dimensão social, que resulta de uma atividade económica.   O que mudou nestes sectores e que ensinamentos podemos guardar deste período de pandemia? Esta crise vem colocar desafios novos, não apenas em Portugal, mas também à União Europeia (UE), naquilo que é uma perceção sobre cadeias longas de produção com dificuldades de ajustamento em função de crises muito expressivas – que pode ser uma pandemia, mas também o [acidente no] Canal do Suez, uma guerra localizada ou um terramoto – e deve levar-nos a pensar. Coloca-nos o desafio de encontramos um equilíbrio entre a dimensão da globalização, da abertura dos mercados e da inter-relação entre atores à escala global. Para Portugal isto é bom, porque, como temos um mercado interno muito pequeno, não faz sentido pensar numa autarcia que pudesse sustentar o nosso desenvolvimento económico. Também é bom termos a consciência de que não podemos ser ingénuos, do ponto de vista daquilo que é o jogo de forças à escala global. Não apenas Portugal, mas a UE. Há aqui uma dimensão de ajustamento que, evidentemente, temos de fazer.   Falou-se muito na necessidade de reindustrialização da Europa. Há a possibilidade de, no caso de Portugal, esta ideia passar também por sectores como a saúde e a indústria farmacêutica? Sim, julgo que sim. Nós podemos não ter um sector com uma dimensão muito grande, evidentemente, mas temos uma taxa de penetração daquilo que é a atividade económica centrada nas diferentes áreas do medicamento, desde os princípios ativos até ao fim da cadeia [de valor], com menor expressão do que a que existe noutros países europeus e há aqui um caminho que pode ser feito. Temos muito boas empresas, competitivas, como a Hovione, na área da produção de princípios ativos, que é uma empresa de reconhecida capacidade a nível global e é uma das poucas que subsiste com centros de produção na Europa e em Portugal, em concreto. Esta é uma das áreas onde ficou mais à vista a questão das cadeias [de abastecimento longas] e da localização das produções com dificuldades. Há espaço para, de forma mais equilibrada, termos condições de uma maior presença em diferentes atividades. A UE tem dificuldades na produção com base em biotecnologia, portanto, há um espaço de intervenção muito alargado nessa dimensão. Estamos mais atrasados do que os Estados Unidos e era muito interessante que à volta também da reorientação a que se está a assistir entre produtos de base química e em biotecnologia termos na Europa e em Portugal um espaço de investimento e de intervenção mais significativo. São produtos em que o cruzamento entre os centros do saber em Portugal, que são bons em algumas áreas e o ponto vista empresarial pode ser feito. Dou um exemplo: o iBET [Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica] participou na conceção de base da vacina da Moderna [da Covid-19]. Portanto, nós não estamos fora do radar das atividades, precisamos é de ter maior massa crítica, maior presença dessas pequenas coisas que vamos fazendo e que não têm a dimensão crítica que é necessária.   Portugal pode captar investimento direto estrangeiro nestas áreas. É esse o caminho, mais do que o crescimento orgânico deste ecossistema? Estamos a assistir a isso pelas duas vias. Estamos a assistir a investimentos significativos das empresas de capital nacional, já presentes no ecossistema, e, também, das empresas que já estão presentes em Portugal e que são de capitais internacionais. Está a haver uma diversidade de investimentos. Julgo que está muito associada, por um lado, a alguma mão de obra qualificada de que dispomos, [mas também] a estabilidade do ponto de vista daquilo que são as condições de presença em Portugal. Há aqui algumas condições para podermos fazer evoluir diferentes áreas deste ecossistema, quer nas fases mais associadas à produção de conhecimento, quer naquelas que depois têm que ver com o valor económico que lhes está associado.   Esta é uma área muito dependente da inovação e os números mostram que o investimento em investigação e desenvolvimento tem aumentado. Disse que somos ainda um sector pequeno, mas já consegue ser relevante internacionalmente na investigação? Sim, em algumas áreas muito específicas. Referi a questão do iBET e da Genibet, que são exemplos muito significativos, mas há outros pequenos centros na área da investigação, nomeadamente associado aos tumores, em que temos uma presença significativa; também temos um centro muito interessante em Coimbra, à volta das questões da visão. Portanto, em áreas relativamente específicas, temos relevância, do ponto de vista da produção de conhecimento, e somos atores reconhecidos ao nível internacional, mesmo que sejamos pequenos. E é esse o mote principal – temos um investimento que está a crescer em I&D [investigação & desenvolvimento], do lado empresarial sobretudo, com alguma dificuldade do lado púbico, mas há espaço para crescer e nós não nos podemos dar por satisfeitos com este crescimento que temos, porque, em termos percentuais, temos um valor de investimento inferior à média da União Europeia e não temos condições tão distintas assim dos outros países, nomeadamente com a dimensão do nosso. Portanto, há aqui um espaço de oportunidade. Muitas vezes se diz que é porque o nosso mercado interno é pequeno ou porque os preços dos produtos em mercado são relativamente baixos, isso tudo é verdade, mas não explica a situação. Também temos outros países, como a República Checa, a Bélgica, em que os níveis dos preços ainda são mais baixos do que a média em Portugal e o número de ensaios clínicos é muitíssimo superior, em média, face à população. Nós temos até um sistema interessante – um protocolo entre a APIFARMA e as autoridades públicas –, que confere algumas vantagens a quem faz investimento em I&D em Portugal versus as contribuições que têm de ser pagas pela indústria. As coisas estão a acontecer, mas estão a acontecer a um ritmo que ainda não é aquele que nós desejaríamos.   Apontou que temos alguma capacidade que podemos explorar. Notamos nas exportações na área da saúde, que na última década duplicaram. O que é que mudou para que tivéssemos esta evolução? Basicamente, mudou o nível de investimento das empresas. Ao mesmo tempo que há essa progressão que é a duplicação do valor das exportações na última década, temos assistido a um crescente nível de investimento das empresas. Digamos que a melhoria das condições ao nível da produção de algumas empresas e alguma especialização naquilo que são as capacidades produtivas que temos – e isto é feito com uma mistura entre empresas de base nacional e de base internacional que aqui se localizaram – é que permitiu essa mudança e esse crescimento. Mas também aí temos de ter mais ambição. Dou muito valor àquilo que é a evolução das exportações, mas nós ainda temos um défice comercial muito significativo na área dos medicamentos, ao contrário da generalidade dos países da UE. Apesar de termos, também, em muitos países, uma dimensão da capacidade de produção não tão elevada quanto isso, normalmente têm balanças comerciais que são equilibradas ou excedentárias. Isso não acontece em Portugal; os últimos números, de 2016, apontam para 1,6 mil milhões de euros de défice comercial, o que é significativo, face à dimensão do nosso mercado. E com algum crescimento das importações, o que é natural. O nosso sistema de saúde é bom; apesar de tudo, os resultados que nós obtemos em saúde são bons e o acesso, que às vezes é muito criticado pelos operadores do mercado, poderia ser mais facilitado, mas não é assim tão restritivo. É por isso que as importações aumentam, sobretudo nos produtos mais recentes, com impacto em doenças que ainda não têm resposta.   Veja a entrevista na integra em jornaleconomico.sapo.pt  

Artigo de Imprensa

Não nos podemos dar por satisfeitos com o crescimento que temos” na indústria farmacêutica

May 28, 2021

Loures e Oeiras, 27 de Maio de 2021 – A Hovione foi associado fundador do iBET em 1989 e regressa agora como membro associado do iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica subscrevendo no seu capital.    No sentido de alargar e aprofundar as suas áreas de investigação e desenvolvimento em novas terapias de elevado potencial, a Hovione decidiu apoiar-se no conhecimento existente nas universidades e na comunidade científica em Portugal. A Hovione é reconhecida mundialmente no desenvolvimento de processo e na produção de medicamentos produzidos por síntese química. Nos últimos 6 anos, foi o parceiro técnico chave em 24 dos 273 medicamentos aprovados pelo FDA Americano (NDAs), uma quota de 8%.    A parceria com o iBET leva a Hovione para novas fronteiras da ciência e da tecnologia. A aceleração do progresso científico que a pandemia da COVID-19 catalisou, abriu oportunidades de importância decisiva no combate à doença. O objetivo desta parceria com o iBET é reunir conhecimento em áreas de ponta e complementares para criar uma forte inovação industrial em campos terapêuticos novos. O desafio não é trivial e irá exigir mais do que a combinação do conhecimento, competências e capacidades do iBET e da Hovione.     “Congratulamo-nos com o retorno da Hovione ao iBET. Procurando sempre reforçar o I&D dos nossos associados, esta importante parceria com a Hovione permitirá conjugar competências científicas complementares e potenciar o desenvolvimento de biofármacos, hoje essenciais para a qualidade em Saúde. Só com uma sólida aposta na área dos biológicos e terapias avançadas e de precisão em Portugal se conseguirão desenvolver novas competências e tecnologias de suporte à produção destes produtos inovadores” disse Paula Alves, CEO do iBET.   “A parceria com o iBET abre um novo capítulo na história da Hovione. Vamos reunir o nosso conhecimento da química, de tecnologias de ponta, do mercado e do FDA americano com o conhecimento do iBET em biologia celular, biologia de vírus e em bio-processamento, entre outras áreas. Se o século XX foi o século da química, o século XXI é o da biologia. Os cientistas do iBET têm construído conhecimento profundo e invulgar, vamos agora trabalhar em conjunto no sentido de transformar esse conhecimento em inovação industrial” disse Guy Villax, CEO da Hovione.   “Como a Hovione foi associado fundador do iBET, tive o privilégio de conhecer o investigador e empresário invulgar que foi o Engº Ivan Villax, aberto sobre o mundo onde a Hovione actua desde o início da sua atividade. A experiência de colaboração internacional e as competências complementares que a Hovione e o iBET criaram nas duas décadas e meia em que seguiram caminhos paralelos potenciam uma colaboração muito frutífera.” disse Manuel Carrondo, Vice-Presidente, iBET.    Sobre a Hovione: Fundada em 1959, a multinacional Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega 2000 pessoas em todo o mundo. A Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal e tem presentemente quinze programas de doutoramento e treze de mestrado a decorrer na Empresa. A sua atividade de investigação e desenvolvimento emprega mais de 420 técnicos e cientistas. Para mais informação visite www.hovione.com   Sobre o iBET: Fundado em 1989, o iBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica é uma instituição privada sem fins lucrativos que se dedica à Investigação e Desenvolvimento (I&D) em biotecnologia. Vocacionado para criar e organizar conhecimento e gerar valor para a economia estabelecendo pontes entre a academia e a indústria, o iBET é pioneiro em I&D na área dos biológicos em Portugal. Sendo hoje um instituto de referência internacional, o iBET aposta no desenvolvimento de vacinas, proteínas terapêuticas, anticorpos e produtos inovadores para terapias génicas, celulares e medicina regenerativa. Para além do sector da saúde, o iBET tem ainda uma forte posição nas áreas da Nutrição Clínica, Indústria Alimentar. O iBET desenvolve em simultâneo mais de 70 projetos de I&D financiados pela FCT, EC e indústria, assegurados por cerca de 215 investigadores, incluindo mais de 90 doutorados bem como mestres, técnicos e bolseiros. As suas competências são apoiadas por uma rede académica e empresarial dinâmica e multidisciplinar o que, juntamente com a sua estrutura orientada para a obtenção de resultados aplicados, lhe permite transferir o conhecimento que cria para as empresas, ajudando-as a inovar, a criar valor, emprego e crescimento económico.  Para mais informações: www.ibet.pt Para mais informações, por favor, contacte:  IBET: Hugo Soares | hsoares@ibet.pt | 915 680 594 Hovione: Isabel Pina | ipina@hovione.com | 91 750 7462   Hovione and iBET announce strategic collaboration   Loures and Oeiras, May 27, 2021 – Hovione was a founding member of iBET in 1989 and has just re-joined the membership of the Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica. In order to increase the scope and strength of its research and development programs in the areas of novel and high potential pharmaceutical technologies, Hovione has chosen to build on the existing knowledge and expertise of Portuguese academia. Hovione is known worldwide for the process development, manufacture, and formulation of small molecules. Over the past 6 years Hovione was the key technical partner behind 24 of the 273 NDAs FDA approved, an 8% share. The partnership with IBET will take Hovione to new technology frontiers. The Covid-19 pandemic has catalyzed an acceleration of scientific progress, outlining the power of new treatment modalities to fight diseases. The objective is to combine state of the art knowledge from both partners to create strong industrial innovation in new therapeutic fields. The challenge is not trivial and will require more than the combined know-how, skills and capabilities of iBET and Hovione. “We are delighted with the return of Hovione to the membership of iBET.  Our goal is to strengthen the R&D capabilities of our members, this important partnership with Hovione will allow to pull together complementary scientific competencies and power the development of biopharmaceuticals that are essential to patient health.  To win in the area of biologics and novel therapies it is critical to have access to state-of-the art competencies and support technologies” said Paula Alves, CEO, iBET. “The partnership with IBET opens a new chapter in Hovione's history. We will bring together our knowledge in chemistry, in cutting-edge technologies, of the market and of the FDA regulatory process with iBET’s command of cell biology, viral biology and bioprocessing. If the twentieth century was the century of chemistry, the 21st century is the one of biology.  iBET scientists have built deep knowledge in specific areas, we plan to work together to turn that knowledge into industrial innovation” said Guy Villax, CEO of Hovione. “Hovione was a founding member of iBET and I had the privilege to meet Ivan Villax, a remarkable scientist and entrepreneur open to the world stage where Hovione plays a key role since its foundation. The experience in international collaborations and the complementary competencies that Hovione an iBET have built over the past 25 years in a parallel fashion will now combine in what I expect to be a fruitful collaboration” said Manuel Carrondo, Vice-President, iBET.    About Hovione: Founded in 1959, the multinational Hovione has today laboratories and plants in Portugal, Ireland, Macau and the United States of America. Hovione researches and develops new chemical processes and produces active ingredients for the global pharmaceutical industry. Headquartered in Loures, the company employs 2000 people worldwide. Its research and development activity employs more than 420 technicians and scientists. For more information www.hovione.com   About iBET: Founded in 1989 as a Research and Development (R&D) institution dedicated to establishing bridges between academia and industry, the Institute of Experimental and Technological Biology (iBET) is today the largest Portuguese private non-profit institution, dedicated biotechnology research, an area in which he was a pioneer. A global reference in the application of biotechnology and bioengineering to health, iBET invests in the development of vaccines, antibodies, recombinant proteins, stem cells, gene therapy and other innovative therapeutic products. In addition to the health sector, iBET also has a strong position in the areas of Clinical Nutrition, Food Industry and the Agroforestry sector. IBET simultaneously develops more than 70 R&D projects, carried out by approximately 215 researchers, including doctorates, engineers, technicians and scholarship holders. Its competencies are supported by a dynamic and multidisciplinary academic and business network, which, together with its structure geared to obtaining applied results, allows it to transfer the knowledge it creates to companies, helping them to innovate, create value, employment, and economic growth. For more information: www.ibet.pt For more information, please contact: IBET: Hugo Soares | hsoares@ibet.pt | 915 680 594 Hovione: Isabel Pina | ipina@hovione.com | 91 750 7462  

Comunicado de Imprensa

Hovione e iBET em colaboração estratégica

May 27, 2021

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