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O mundo mudou com a COVID-19 e os agentes económicos também. Três empresas explicam como a pandemia impactou as suas operações e como tiveram de readaptar a sua atividade a uma nova realidade.  Em janeiro de 2020, o novo coronavírus parecia ser um problema circunscrito ao continente asiático, mas algumas empresas portuguesas, principalmente aquelas com exposição aos mercados asiáticos, cedo se aperceberam de que esta não seria uma crise passageira. Muitas reagiram rapidamente, começando a adotar planos de contingência e fazendo ajustes na sua atividade para responder a uma nova realidade. A Hovione, foi um desses casos. A farmacêutica portuguesa tem uma unidade na Região Administrativa Especial de Macau e no início do ano mobilizou a sua equipa para a produção de uma solução antisséptica de base alcoólica (SABA). “A nossa fábrica [em Macau] começou a produzir SABA logo em janeiro, quando a epidemia de COVID-19, que tinha começado em Wuhan, obrigou a tomar as primeiras medidas”, explica fonte oficial da empresa. Esta experiência acabaria por revelar-se fundamental quando o surto chegou a Portugal e o país se deparou com o problema da escassez de gel desinfetante para a proteção dos profissionais de saúde, da segurança e para os trabalhadores dos serviços essenciais. Nessa altura, a Hovione decidiu mobilizar a sua equipa na fábrica de Loures para produzir a solução antissética já fabricada em Macau.   Esta decisão obrigou a adaptação da linha de produção e exigiu a criação de uma equipa exclusivamente dedicada a este objetivo. “No total, foram produzidas cerca de 250 toneladas da solução SABA, a um ritmo médio de 40 toneladas por semana, uma quantidade suficiente para lavar as mãos de 400 mil pessoas durante uma semana”, explica a empresa. A produção da solução antissética foi oferecida pela empresa a 700 entidades em Portugal, que estiveram na linha da frente do combate à pandemia. Esta iniciativa, pro bono, representou um custo para a Hovione na ordem do meio milhão de euros. Atualmente, e tendo em conta que deixou de existir escassez de gel desinfetante no mercado, a Hovione deixou de produzir SABA. “A pandemia COVID-19 não mudou o carácter e os processos da nossa organização, mas obrigou a que nos adaptássemos para dar resposta imediata aos novos objetivos e às necessidades dos nossos clientes, além da imperiosa proteção dos nossos colaboradores”, assegura a empresa.   Inarbel: Do vestuário para a produção de batas hospitalares Dar uma resposta rápida foi também uma das principais preocupações de José Armindo Ferraz, CEO da Inarbel, empresa têxtil dedicada à produção de vestuário de criança, homem e senhora. Quando, no início do ano, depois de entregar a coleção de primavera/verão, as encomendas de inverno começaram a ser canceladas, Armindo Ferraz percebeu a dimensão que a pandemia iria ter no negócio. “Tivemos aí o nosso sinal de alerta e percebemos que tínhamos de encontrar alternativas”, explica. Ainda a COVID-19 estava longe de Portugal, quando um colega industrial espanhol lhe propôs, em fevereiro, começar a produzir material hospitalar. “Começámos então a procurar um tecido que fosse impermeável e reutilizável, fizemos amostras e começámos a produzir batas”, conta. Certificou o tecido no CITEVE, certificou a bata como Equipamento de Proteção Individual (EPI), impermeável e para reutilização até 50 vezes. A aposta foi bem-sucedida. A Inarbel vendeu 5.000 batas para a Ordem dos Médicos em Portugal e produziu 450 mil para exportação, principalmente, para Espanha e também para França.   Neste momento, mantém a produção de batas e já tem uma marca registada, de produção de batas reutilizáveis e de utilização única e já submeteu um projeto COVID-19 para estabelecer uma linha unicamente de produção de material têxtil hospitalar. “Este é um projeto para o futuro. Portugal e a Europa não podem estar dependentes da Ásia no fornecimento de materiais de produtos essenciais, nomeadamente material hospitalar”, defende. Este novo rumo da Inarbel permitiu-lhe amortecer, em parte, os efeitos económicos da COVID-19. “Se não tivesse encontrado esta alternativa, o impacto seria brutal. Em vez de um lay-off parcial, teria de ter recorrido a um lay-off total e, certamente, por mais de um mês”, confessa o CEO da empresa. “Foi um grande balão de oxigénio. Foram muitos dias a pensar, muitas noites sem dormir, horas ao telefone, a estabelecer contactos, para conseguir dar a volta à situação. Aliás, toda a indústria têxtil o fez. As nossas empresas e os nossos empresários têm dado resposta a todos os problemas”. É por essa razão que José Armindo Ferraz deixa um apelo: “Não se virem para a Ásia, nós estamos cá, temos condições, temos produtos certificados, de qualidade”.    Restauração: Um setor que teve de reajustar-se Mas não é apenas na indústria que encontramos casos de empresas que adaptaram as suas atividades à realidade que a COVID-19 impôs. Um pouco por todo o país e por muitos setores de atividade, as empresas tiveram de reagir rapidamente e encontrar novas formas de ir ao encontro das necessidades dos seus clientes. Pedro Lemos, empresário e dono de um restaurante com o mesmo nome, no Porto, conta a sua experiência: “Estes dois meses e meio serviram para refletir, para fazer novas projeções, porque enfrentamos uma nova realidade, estamos a fazer projeções para o desconhecido. Mas eu acredito que a globalização, a deslocalização de pessoas pelo mundo não se vai perder. Vão existir grandes alterações, algum sofrimento, mas estamos cá”. No seu caso, Lemos aproveitou os últimos meses para fazer alguma manutenção: fez uma remodelação completa do terraço porque percebeu que as pessoas iriam privilegiar os espaços exteriores, pela sensação de maior segurança em relação ao risco de contágio. A decisão revelou-se certeira, uma vez que todas as reservas que teve desde a reabertura optaram pelo espaço exterior. As adaptações não se ficaram por aqui: “Criámos um menu mais curto, mais acessível. Mantivemos toda a oferta anterior, mas criámos também uma proposta mais reduzida”, explica o proprietário do Pedro Lemos Restaurante.   O seu plano inicial era ter a equipa em lay-off até ao final de junho, mas o empresário decidiu contrair um empréstimo, através das linhas Covid, e decidiu reabrir mais cedo, a 1 de junho: “Temos de mostrar ao público e à comunidade que estamos cá, que cumprimos com todas as normas, que continuamos a ser seguros. E também para aliviar a economia. Se tenho as condições reunidas e se estou saudável financeiramente, então tenho de ir à luta”, remata.   *Artigo publicado na Revista Indústria nº 124, 2º trimestre 2020 Ler artigo no website CIP ou ver Revista Indústria nº124 na íntegra  

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Como as empresas portuguesas se reinventaram durante a crise

Aug 21, 2020

A pandemia vai durar mais um ano ou dois. Vamos sair dela terrivelmente empobrecidos e com muita dívida - todos: as famílias, as empresas e o Estado. Quantas mais mortes e quanta dor económica vai provocar depende apenas de nós, portugueses – os líderes deste país. Nas últimas duas semanas de março andámos às voltas sem saber como reagir. Em abril e maio tivemos uma segunda fase da pandemia, foi quando a gestão da crise mostrou a fibra do líder. Alguns souberam atuar de forma decisiva, deram direção, criaram confiança, animaram as suas pessoas e definiram metas. Outros, não. Os exemplos mais públicos são os de Trump, Bolsonaro, Johnson, Xi e Merkel. Os três primeiros erraram sucessivamente. Angela Merkel conduziu o seu país de forma exemplar. O Presidente Xi, depois de algum atraso, soube atacar o problema de forma inovadora e decisiva. Contrariamente aos três primeiros, Angela Merkel, doutorada em Física, e o Presidente Xi, engenheiro químico, têm a manifesta vantagem da preparação técnica e científica adequada para lidar com uma pandemia. Não é possível vencer o vírus sem uma abordagem científica do desafio. Não é possível reduzir as mortes e minimizar a dor económica apenas com iniciativas políticas top-down, ainda que estas sejam críticas. Este é um teatro de operações desconhecido. Há que ser decisivo perante a incerteza; depois da decisão tomada é preciso concretizar de imediato e, finalmente, há que saber navegar à vista com base numa análise científica dos dados que existam ou trabalhar para obter os que ainda não são conhecidos. Se na sua equipa não tem um empreendedor, um executivo e um investigador, faça substituições. Nos primeiros dois meses, Portugal foi admirado por todo o mundo pela forma como geriu a pandemia. Rui Rio deve ser o líder da oposição mais conhecido na Europa. A sua frase “o PSD é colaboração“ passou muitas vezes nas televisões espanholas e italianas como uma lição que todos deviam aprender. Mas mais importante foi o desempenho dos portugueses. Foram os pais que por medo e prudência não deixaram as crianças ir à escola. Ou seja, o nosso confinamento começou por iniciativa popular e não por imposição legal. Mas Portugal está agora na lista negra. Não estamos no grupo dos “estão a vencer”, nem dos que “estão quase lá”, estamos no grupo dos “precisam de entrar em ação" (1). É difícil, mas urgente, tomar decisões. Nesta pandemia sempre que um líder tomar decisões com base em dados estará sempre a tomá-las 14 dias demasiado tarde. Quem quiser tomar decisões acertadas e atempadas tem de conhecer o vírus e modelar o futuro com os dados que tem do passado recente. O norte do país sofreu mais no início e, por isso, ganhou maior respeito ao vírus. Até final de maio tínhamos 20.504 casos positivos no Norte e 11.142 na zona da Grande Lisboa (2). Neste mês de junh0 (3), até dia 26 o aumento de casos positivos no Norte foi de 993 e 7.219 na Grande Lisboa. A zona de Lisboa está numa situação perigosíssima. Não podemos baixar a guarda. Acresce que esta pandemia veio para ficar: vamos ter de viver com este pesadelo pelo menos durante um, talvez dois anos. E porquê? Vão ser aprovadas várias vacinas e até mais cedo que esperávamos. No entanto: i) não há dados que levem a crer que qualquer uma delas gere imunidade por mais de três meses, ii) a vacinação exige duas ampolas por pessoa e o total da capacidade de formulação estéril de ampolas de vacina no planeta é de cerca de cinco mil milhões de ampolas por ano e iii) sendo escassa quem é que será vacinado primeiro? Os mais velhos? Os mais vulneráveis? Não: o governo dos EUA já contratou com a Moderna e a University of Oxford/Astra Zeneca a compra de vacina para os seus cidadãos. Este último consórcio obteve do governo inglês financiamento e, em troca, garantiu vacinação dos cidadãos britânicos. Este mês, o governo alemão pagou 300 milhões de euros por 23 por cento da Curevac, empresa de Berlim, que está a desenvolver vacinas para o Covid-19. Os tratamentos - dexametasona e remdesivir - são apropriados para pacientes em fase avançada da doença, pelo que de pouco servem para evitar a hospitalização. Só vejo duas possíveis boas surpresas. O vírus poder sofrer mutações e tornar-se menos infecioso. Sabemos que ele vive e multiplica-se nos pulmões e é aí que o antiviral deve atuar. Felizmente, estão em desenvolvimento vários antivirais administrados por inalação. Em todas as pandemias da História o vírus saiu sempre vencedor. Se quisermos que o desfecho desta vez seja outro só há um caminho alternativo: o conhecimento. Nunca a comunidade científica trabalhou tão bem, tão depressa e de forma tão colaborativa – mas é preciso também ensinar o resto da população a não ter medo do vírus aprendendo como se consegue viver com ele. Se as pessoas permanecerem na ignorância vão ter medo e não vão saber como defender-se. Se soubermos semear conhecimento e nutrir a confiança, então tudo se resolve: o nosso instinto de sobrevivência trata do resto. Isto aplica-se, sobretudo, aos jovens. Foi com esse objetivo que os estagiários da Hovione lançaram um concurso nacional dirigido aos alunos do ensino secundário que visa premiar os vídeos que melhor ensinem a viver com o vírus (www.abcovid.pt). O objetivo é preparar os jovens para a rentrée, em setembro, dotando-os do necessário conhecimento sobre o vírus. Precisamos de mais iniciativas educativas. Há decisões imperativas que têm de ser tomadas ao nível do país. Não podemos ter líderes a pregarem uma coisa e a fazerem o contrário. Os líderes devem inspirar e têm de animar quem os segue; isso apenas é possível com integridade, transparência e dando o exemplo. Os líderes não podem ser ambíguos, têm de esclarecer as pessoas. A DGS definiu regras; elas são para cumprir. Não podemos ter conversas mansas. Para nos proteger do vírus, o único nível de tolerância aceitável relativamente a qualquer incumprimento das regras é zero. Portugal continua a receber aviões de todos os lados. Precisamos de ter controlos efetivos nas fonteiras. Há semanas que a Áustria obriga 100% dos passageiros a pagarem 160 euros para fazer o teste PCR no aeroporto ou a autoisolarem-se durante 14 dias. Portugal tem também de ser um país seguro para os turistas. Portugal é dos países que mais testes faz. Esses dados têm de ser disponibilizados à comunidade científica. Testar permite identificar infetados e, assim, rastrear todos os seus contactos e suster o contágio. Quantas pessoas estão adstritas ao contact tracing? Sabe-se se este esforço está a ser eficaz? A velocidade de atuação - desde o sintoma, passando pelo teste, a obtenção do resultado, o contact tracing, até ao isolamento dos contactos -, tem de ser fulgurante, medido em horas, nunca dias, se não de nada vale. Era bom que a DGS divulgasse estes dados, a transparência gera confiança. Para quando a adoção por Portugal da app da Apple-Google como já fizeram a Alemanha e a Itália? Esta app regista momentos de possível infeção e permite automatizar a notificação de contact tracing. A Comissão de Proteção de Dados tem de ser mais outro Rui Rio a colaborar e a contribuir para a proteção da nossa saúde. A covid-19 é uma doença que mata e que amplia as injustiças sociais. Os empregos que pagam o salário mínimo – por exemplo: construção, limpeza e afins – levam, por vezes, as pessoas a trabalhar para mais do que um empregador para poderem sobreviver. Estas populações, sobretudo na zona de Lisboa, moram em bairros com maior densidade populacional, exatamente o oposto do distanciamento social que se pretende. Daí assistirmos a uma concentração maior de surtos nos bairros sociais. Uma conta rápida e imprecisa diz-nos que o risco de infeção é cerca de dez vez maior para estes habitantes. É nesta fase que cada líder vai definir onde coloca a fasquia: o Governo, o empresário, o diretor da escola, o barman, o reitor, o padre, o chefe do supermercado, mães e pais de família… Não espere que lhe digam - não lhe vão dizer -, pense e faça! Temos de avançar com cautela e sabedoria. Ainda nem estamos a meio caminho. As decisões que vão determinar quantas mais mortes, quanto desemprego e quanto empobrecimento teremos são as que tomarmos nas próximas semanas. Onde colocamos a fasquia vai resultar em disciplina ou falta dela, em confiança ou medo, em conhecimento ou ignorância. Qualquer atitude que mostre complacência, ligeireza ou ambiguidade é a receita certa para o desastre. Ou acertamos onde pomos a fasquia ou mais tarde será muitíssimo mais penoso elevá-la. Temos de inverter os números de Lisboa, é uma responsabilidade que cabe a todos. Peço-vos que respeitem o vírus: ele mata, aprendam a conhecê-lo, assim poderão vencê-lo. Finalmente, tenham a coragem de ser decisivos e exigentes na gestão do distanciamento social. Temos de nos unir em torno deste objetivo comum: salvar vidas ao mesmo tempo que salvamos empregos.   (1) www.encoronavirus.org/countries (2) httpss://covid19.min-saude.pt/wp-content/uploads/2020/05/90_DGS_boletim_20200531.pdf visitado a 22 de Junho de 2020: Norte: 16.760+3.744= 20.504; Grande Lisboa 11,142 (3) httpss://covid19.min-saude.pt/wp-content/uploads/2020/06/116_DGS_boletim_20200626-1.pdf visitado a 27 de Junho de 2020: Norte: 17.441+4.056 = 21.497; Grande Lisboa 18.361   Leio o artigo em Expresso Online  

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Carta aberta aos líderes do nosso país

Jun 29, 2020

ABC Covid-19 informa sobre regresso seguro à escola A Hovione apoia o regresso às escolas com o ABC Covid-19, uma ação de informação dirigida a estudantes, professores e auxiliares educativos sobre as precauções a adotar e a prevenção do risco de contaminação pelo Covid-19. Esta iniciativa está presente no Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e no website da Hovione. A equipa do ABC Covid-19 é composta por estagiários da Empresa e supervisionada pela equipa da Hovione de resposta ao Covid-19. De forma prática, eficaz e direta, pretendemos divulguar e partilhar comunicação sobre a prevenção do risco, com informação fidedigna, continuamente atualizada e simples de aceder. O ABC Covid-19 é uma iniciativa para apoiar nas dificuldades encontradas no funcionamento diário das escolas. Simples de aceder - a iniciativa pode ser seguida através das redes sociais. Segue-nos em:    Partilha de Informação e Recomendações: Na área Covid-19 - Coronavírus, podes encontrar informação e materiais de apoio tais como videos, cartazes, recomendações, procedimentos, planos de contingência e planos de regresso. Como podes ajudar e participar na iniciativa ABC Covid-19? Procuramos estudantes que queiram envolver-se nesta iniciativa, tendo um papel ativo, fazendo a ligação directa da tua escola com o ABC Covid-19. Com dúvidas? Contacta-nos: De forma a manter a comunicação aberta temos disponível o endereço de email duvidascc19@hovione.com Queremos receber todas as tuas dúvidas sobre a retoma da escola e das aulas e como manter os funcionários, professores e alunos seguros da propagação e contaminação do vírus. Caso pretendas receber informações da equipa ABC Covid-19 envia-nos um email para duvidascc19@hovione.com para seres incluido na mailing list do ABC Covid-19. Juntos, mantemo-nos longe do vírus! #wefightback  

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ABC Covid-19: Mantém-te longe do vírus

May 19, 2020

Loures, 19 de Maio de 2020.   A Hovione apoia o regresso às escolas com o ABC Covid-19, uma ação de informação dirigida a estudantes, professores e auxiliares educativos sobre as precauções a adotar e a prevenção do risco de contaminação pelo Covid-19. A iniciativa está presente no Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e no website da empresa. A equipa do ABC Covid-19 é composta por estagiários da Empresa e supervisionada pela equipa da Hovione de resposta ao Covid-19. O objetivo é que, de forma prática, eficaz e direta, se divulgue e partilhe comunicação sobre a prevenção do risco, com informação fidedigna, continuamente atualizada e simples de aceder. O ABC Covid-19 é uma iniciativa prática, eficaz e direta para apoiar as dificuldades encontradas no funcionamento diário das escolas. A iniciativa está disponível nas redes sociais:  Facebook  Instagram Twitter Youtube E no website, onde a Hovione partilha toda informação e materiais para as escolas, nomeadamente cartazes, procedimentos, vídeos, planos de contingência e planos de regresso. A equipa do ABC Covid-19 apela aos estudantes para se envolveram nesta iniciativa e fazerem a ligação direta à sua escola.  Esta iniciativa tem um endereço de e-mail, duvidascc19@hovione.com, para responder a dúvidas sobre a retoma da escola e das aulas e como manter os funcionários, professores e alunos seguros da propagação e contaminação do vírus. Se pretende continuar a receber informação da equipa ABC Covid-19 por favor responder a este email, com o assunto "SIM".  Sobre a Hovione: Fundada em 1959, a Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega 1800 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 1100 em Portugal. A Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal e tem presentemente oito programas de doutoramento e oito de mestrado a decorrer na Empresa. A sua atividade de investigação e desenvolvimento em Portugal emprega 220 técnicos e cientistas. Desde Março, quando escasseou o gel para desinfetar as mãos, a Hovione produziu em 11 semanas 250 toneladas de SABA (solução antissética de base alcoólica), que ofereceu a mais de 700 entidades em Portugal. A quantidade de gel produzido era suficiente para desinfetar mais de 20 vezes por dia durante uma semana 20 milhões de mãos.  A doação pro bono custou à Hovione meio milhão de euros, para produzir uma quantidade de gel que, comprada na farmácia em embalagens de meio litro, teria o valor de 4 milhões de euros. No final de Maio a Hovione irá reduzir fortemente a sua produção pois o mercado já está capaz de fornecer a procura: há gel nas farmácias e nos supermercados. A Hovione continua a produzir gel desinfetante para oferecer a IPSS, através da parceria com os CTT. Mas a Hovione continua totalmente empenhada na luta contra o vírus e para esse efeito arrancou com a iniciativa descrita acima. Para mais informação visite www.hovione.com  

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ABC Covid-19 informa sobre regresso seguro à escola

May 19, 2020

Carta aberta à Senhora Presidente da CNPD Guy Villax, Administrador-delegado da Hovione Exma. Senhora Presidente, Tomei conhecimento pelos jornais da orientação, emitida a 23 de abril, pela CNPD (Comissão Nacional de Proteção de Dados), na qual é considerada ilegal a medição pelo empregador da temperatura dos seus trabalhadores. Através desta carta aberta venho informar a CNPD que, a 1 de Março, comuniquei que é condição de acesso a qualquer local de trabalho da Hovione não apresentar temperatura superior a 37.5ºC e que isso é verificado à entrada da empresa. Desde essa data é exigido a todas as pessoas que: i) lavem as mãos, ii) tenham a temperatura corporal medida por um termómetro de infravermelhos, iii) coloquem máscara. Por conseguinte, quem não apresentar uma temperatura inferior a 37.5ºC, quem recusar a medição da temperatura, não aceitar usar máscara ou recuse lavar as mãos fica impedido de entrar na Hovione. A regra aplica-se a qualquer pessoa: empregado, administrador, fornecedor, cliente ou visitante. Esta verificação acontece há dois meses, desde fevereiro, repete-se todos os dias, sem falhas, e assim continuará a ser enquanto a pandemia exigir esta medida de prevenção. Quando, há poucas semanas, o Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Senhor Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, visitaram a Hovione não hesitaram em cumprir esta regra de segurança. Como administrador-delegado tenho muito presente que a minha primeira obrigação – e a de qualquer empregador – é a de criar e manter, em todas as circunstâncias, as melhores condições de segurança no local de trabalho. Esta obrigação tem ainda mais significado para a indústria da saúde devido à importância estratégica e ao impacto desta atividade. Recebi, aliás, um pedido expresso da Comissária Stella Kyriakides, a 3 de Abril, para que a Hovione fizesse os máximos esforços para continuar a laborar. Dito de outra maneira: a Hovione não pode parar de produzir medicamentos, isso teria impacto direto na vida dos doentes. Acresce que, por causa da pandemia, somos hoje a segunda linha de defesa contra o vírus, o que implica assumir uma responsabilidade especial. Se a nossa força de trabalho não comparecer todos os dias ou se surgir um problema que nos obrigue a suspender as operações não conseguimos fabricar medicamentos. As consequências são evidentes e é por isso que o maior desafio que tenho por estes dias é o de criar condições de ânimo e confiança – leia-se, segurança — junto do nosso pessoal. Só assim é também possível dar o contributo que estamos a dar ao nosso país: desde 13 de Março já fabricámos e doámos gel-desinfetante em quantidade suficiente para que dois milhões de portugueses lavem as mãos várias vezes ao dia durante uma semana. Por tudo isto, a interpretação da CNPD é lesiva dos interesses da população e do nosso país. Não se coaduna com os princípios que defendemos: entra em choque directo com eles. Não há outra forma simples e rápida de despistar doentes de Covid-19. Identificar as pessoas com febre e não permitir que entrem no local de trabalho, dando-lhes indicações básicas sobre o que fazer, é o mínimo que um empregador pode fazer para proteger o seu pessoal, as suas famílias e a nossa comunidade. Não posso, portanto, permitir que a bizarra orientação da CNPD altere os procedimentos de segurança vigentes na empresa, até porque esta nossa posição não desrespeita a confidencialidade dos dados e é um passo fundamental para assegurar um interesse superior – o da sua saúde. Pelo que sei, há pelo menos uma outra autoridade nacional de proteção de dados europeia que refere claramente – e bem – que a simples medição de temperatura não constitui, por si só, tratamento de dados pessoais – o que, de resto, parece evidente. Por mais que me esforce não consigo entender como, nesta fase tão sensível, é possível deixar o tecido empresarial português perante o dilema de cumprir uma orientação legal  que contraria o bom-senso, a ciência e o elementar instinto de sobrevivência. Esta situação não pode perdurar. Ela põe em risco vidas humanas e desarma as pessoas perante o vírus. Leia o artigo completo no Observador

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Carta aberta à Senhora Presidente da Comissão Nacional de Proteção de Dados

Apr 27, 2020

A ivermectina, produzida em Macau pela Hovione, tem estado em destaque devido à possibilidade de ser utilizada no tratamento da Covid-19. Eddy Leong, director-geral das operações da Hovione em Macau, assume que a empresa portuguesa está a avaliar os possíveis efeitos de uma maior procura da ivermectina, o que poderá até fazer com que a produção deste princípio activo passe a ser feita noutro local. Em entrevista ao PONTO FINAL, Eddy Leong refere que, para suportar a procura, a Hovione tem de se expandir, mas o diálogo com o Governo tem sido infrutífero. Uma investigação do Biomedicine Discovery Institute, da Universidade de Monash, na Austrália, apontou a ivermectina, um fármaco habitualmente usado como desparasitante, como uma das possíveis soluções no tratamento da Covid-19. Segundo as conclusões das investigações laboratoriais preliminares, uma dose de ivermectina pode travar o crescimento do novo coronavírus num prazo de 48 horas. O princípio activo deste fármaco é produzido, para todo o mundo, em Macau, pela Hovione. Em entrevista ao PONTO FINAL, Eddy Leong, director-geral da empresa, diz-se “cauteloso” quanto à eficácia do fármaco, mas assume que a Hovione já está a pensar em planos para a eventualidade de a procura pela ivermectina aumentar em grande escala. “Depois dos testes, o próximo desafio será: como é que a vamos produzir para todas as pessoas do mundo?”. Caso se confirme a eficácia do produto, a Hovione terá de procurar outros locais para produzir a ivermectina, assumiu Eddy Leong. O director geral diz que a empresa precisa de mais espaço em Macau para a produção e que até tem pedido ao Governo mais terrenos. Porém, a resposta é sempre a mesma: Não há espaço. “Tenho a certeza de que nos arranjariam espaço se quisessem desenvolver a indústria”, afirma, acrescentando que a indústria farmacêutica poderia ser benéfica para diversificar a economia da região.   Tem-se falado na possibilidade de a ivermectina poder ser benéfica no tratamento da infecção pelo Covid-19. Quais são as evidências científicas, para já? A atenção da comunicação social e do público deve-se a um estudo feito por cientistas australianos. Durante a Covid-19, acho que muitas pessoas e entidades tentaram encontrar e avaliar produtos que já estavam disponíveis no mercado, para verem se podia haver a possibilidade de eles curarem a Covid-19. Esta equipa estudou fármacos, como a ivermectina, e descobriu, durante a investigação laboratorial, num estudo ‘in vitro’, que a ivermectina é eficaz no combate ao vírus. O que faz é inibir a reprodução e a replicação deste vírus. ‘In vitro’ significa que o estão a fazer num laboratório, usando células orgânicas. Ainda não houve nenhum teste clínico em humanos. Essa será a próxima fase. Eles têm de fazer isso antes de poderem confirmar que é adequado e viável para humanos. Nesta fase, o estudo mostra apenas que é visível, mas apenas em laboratório e usando células orgânicas. Quando é que vão começar os testes em humanos? Ainda é difícil dizer, porque acho que eles precisam de planear os próximos passos nos testes clínicos. Isso também depende dos fundos disponíveis, que acho que é algo que é falado nas notícias. Como nós não fazemos parte deste estudo, nós vamos lendo as notícias.  A equipa australiana não contactou a Hovione, uma vez que é uma das maiores produtoras de ivermectina no mundo? Não. Eles publicaram o estudo numa revista científica e identificaram a ivermectina. Como se sabe, a ivermectina é produzida em Macau. Não há muitos fabricantes de ivermectina para humanos e nós somos um deles. Por isso, acho que as pessoas associaram o estudo à produção de ivermectina. O que é que este estudo mostrou, até agora? Na prática, o que é que pode fazer ao vírus? Inibe a replicação do vírus. Não estou envolvido neste estudo, mas posso dizer que, quando se diz que um fármaco pode curar uma doença, o que significa é que inibe a replicação do vírus, para que o sistema imunitário possa curar por si. Se o vírus se continuar a replicar, o volume da concentração do vírus é tanto que o sistema imunitário não consegue reagir ou curar, então vai-se ficando cada vez mais doente e desenvolve-se sintomas cada vez mais fortes e, eventualmente, pode-se morrer devido a uma falha dos órgãos. Este fármaco mostrou eficácia na supressão da replicação, para que o corpo possa ganhar a guerra ao vírus. Está optimista em relação a estes testes? O que é que espera? Eu estou cauteloso, não relativamente à capacidade de cura, mas em relação à dosagem. Há mais fármacos que mostraram alguns efeitos, mas, no fundo, a questão fundamental é: quando usado em humanos, qual será a dosagem certa para matar a Covid-19? Se a dosagem for pequena, como a que é usada para desparasitar – que é o que a ivermectina faz, é um desparasitante -, é seguro para humanos. Porque a dose não pode ser demasiada. Mas se, durante os testes, descobrirem que a dosagem para matar a Covid-19 for 100 vezes maior, talvez isso seja demasiado para humanos. Há uma dosagem certa para cada fármaco. Eu espero que funcione, mas sou cauteloso relativamente a qual será a dosagem de segurança para humanos. E qual é a dosagem de segurança da ivermectina para humanos? Não tenho a certeza, porque há diferentes formulações. Pode haver medicamentos com 10 miligramas ou centenas de miligramas. A Hovione produz o princípio activo e depois exporta o produto, correcto? O que fazemos é produzir o ingrediente activo, o principal componente do medicamento. Nós sintetizamos quimicamente o produto, ficando em forma de pó, depois é colocado em grandes pacotes e enviado para os nossos clientes. Os nossos clientes, as empresas farmacêuticas, fazem as suas próprias formulações, em forma de barra, cápsulas, algumas fazem gel ou loções. Independentemente da sua aplicação, o principal ingrediente é feito pela Hovione. Por isso é que não se vê a marca Hovione nas farmácias, mas a parte activa é feita pela Hovione. Qual é a quantidade de ivermectina produzida anualmente pela Hovione? Algumas toneladas.  Quantas? Não posso dizer. Duas, três? Mais do que isso. Dez? À volta disso. Em que outras situações é que a ivermectina é aplicada? A ivermectina é, principalmente, um desparasitante, que serve para curar doenças como a Cegueira dos Rio. Também é usada no tratamento de piolhos e da rosácea. Estas são as principais aplicações. Há quanto tempo é que a Hovione produz ivermectina? Produzimos isto desde 1997, aqui em Macau. A ivermectina para humanos é produzida principalmente aqui em Macau. Quais são os outros países que a produzem? Tanto quanto sei, também há uma empresa na China, mas não sei qual é a sua situação actual. Actualmente, somos o principal produtor de ivermectina no mundo. Para que zonas é que a Hovione exporta a ivermectina? Principalmente para a Europa e Estados Unidos. Na Europa, eles recebem o produto e enviam para vários pontos do mundo. O cliente também vende o produto em todo o mundo, envia para o resto do mundo. Qual é a quantidade vendida para a Europa? Não posso dizer. Desde que foi noticiado que existe a possibilidade de a ivermectina curar a Covid-19, houve um aumento nas exportações da ivermectina? Não. Nesta fase, os nossos clientes só estão a usar o produto como desparasitante. Como ainda não há prova de que este fármaco é útil para o tratamento da Covid-19, os clientes ainda não se manifestaram. O volume de exportações é o mesmo. Se se provar que a ivermectina é eficaz no tratamento do coronavírus, acredita que irá haver mais procura? E, se sim, a Hovione está preparada? Qualquer fármaco que for eficaz na cura da Covid-19, que é o problema que gera mais preocupação em todo o mundo, de certeza que terá uma procura bastante significativa em todo o mundo. Se apenas uma empresa pode fazer este produto para todos os interessados do mundo? É uma boa questão, mas a resposta óbvia é que será um desafio muito grande e provavelmente não será possível. A mesma questão aplica-se ao caso de haver uma vacina. Vamos ter apenas uma empresa a produzir a vacina para toda a gente? Acho bastante difícil. Acho que este será um desafio para depois do desenvolvimento do fármaco. Depois dos testes, o próximo desafio será: como é que a vamos produzir para todas as pessoas do mundo? A Hovione já está a pensar nisso? De certeza que a empresa está a avaliar. Não apenas para a ivermectina, mas há outros fármacos de que o mundo pode vir a precisar, não apenas para curar a Covid-19, mas também porque a Covid-19 pode desenvolver outros problemas e aí tem de se recorrer a outros produtos. Por exemplo, se se tiver uma infecção, provavelmente vão ser necessários antibióticos. Nós também estamos a avaliar, em termos globais. E se tivermos um grande aumento na procura? Nós temos pensado em como aumentar a produção de produtos que poderão ajudar, não apenas a Covid-19, mas os problemas a ela associados. Estamos agora a avaliar. Mas será possível produzir tudo em Macau, ou a Hovione poderá começar a produzir a ivermectina noutras regiões? De certeza que não conseguiremos produzir tudo em Macau. Em Macau, a nossa fábrica não é muito grande. É difícil expandir em Macau num curto período de tempo. Nós temos outras fábricas em outras zonas do mundo, por isso, se houver um aumento da procura de fármacos produzidos em Macau que seja maior que a nossa capacidade, tenho a certeza que o grupo vai considerar outros locais. Já receberam contactos de possíveis clientes? Pedidos de informações, por exemplo? Ainda não. Disse que é difícil a empresa expandir em Macau, mas já falaram com o Governo sobre isso? Ou o Governo já falou com a Hovione para saber mais sobre este fármaco que pode ser útil no combate ao vírus? Não. Alguns jornalistas perguntaram sobre esse assunto, mas o Governo não. A Hovione tem tentado falar com o Governo para saber se há alguma possibilidade de termos terrenos para onde nos possamos expandir, porque o nosso negócio tem vindo a crescer ao longo dos anos. O grupo acredita que ainda é adequado desenvolver a produção em Macau, ao longo dos anos temos falado com o Governo, mas sem grande sucesso. Não temos tido respostas positivas da parte deles. Eles compreendem que nós precisamos de novos terrenos para expandir, mas a resposta é sempre que não conseguiram encontrar terrenos adequados para nós. Com o novo Governo, esperamos que isso mude. Já falou com Ho Iat Seng? Nós queremos reunir com ele, e ele sabe que, no passado, já expressámos que, para diversificar a economia de Macau, a indústria farmacêutica pode ser boa. Quando é que vai reunir com o Chefe do Executivo? Agora o Governo está bastante ocupado com a apresentação das Linhas de Acção Governativa, mas acho que nos próximos dias vamos poder arranjar algum tempo para falar com o Governo sobre quais são as possibilidades em Macau, ou nas proximidades, para onde nos possamos expandir. Para já nós conseguimos produzir os fármacos, mas há uma grande variedade de produtos a irem para o mercado e há produtos que poderiam ser produzidos em Macau devido à proximidade com a China. Seria bom na compra dos materiais em bruto e na exportação para o mercado chinês. Macau tem uma localização bastante importante e estratégica. Já falou, no passado, com o Governo sobre a necessidade de expansão da Hovione em Macau e a resposta foi sempre negativa. Compreende a justificação do Governo, de que há falta de terrenos disponíveis? Tenho a certeza de que nos arranjariam espaço se quisessem desenvolver a indústria. Talvez eles não encontrem um terreno adequado para nós. Não há espaços disponíveis em zonas industriais, apesar de actualmente as zonas industriais estarem muito perto de residências. No entanto, acho que o melhor sítio para desenvolver a indústria farmacêutica seria numa zona industrial. O Governo indicou que quer desenvolver a Ilha de Hengqin, no futuro. Seria uma boa possibilidade, a Hovione mudar-se para lá? Isso poderia ser uma opção, mas diria que há uma questão. Qual seria a metodologia administrativa a aplicar? Seria a de Macau ou da China? Considerar-se-ia que o produto era produzido em Macau ou na China? As regras seriam as de Macau ou as da China? Haveria diferentes implicações. Nós já estamos muito familiarizados com os procedimentos aplicados em Macau. Certamente que seria benéfico para nós continuarmos as nossas operações em Macau, na China haveria vários aspectos aos quais nós nos teríamos de adaptar. Qual seria a diferença entre produzir em Macau e produzir na China? A lei e os regulamentos são diferentes. Requerer licenças é diferente, a velocidade de execução das coisas é diferente, por isso, diria que tal iria afectar a atractividade de Hengqin. Temos de ser cautelosos antes de dizer que Hengqin seria adequado para nós. Porque se considerarmos que Hengqin é puramente China, qual seria a diferença entre mudar para Hengqin ou mudar para Zhuhai ou Zhongshan ou outras partes da China? Em 2001, a Hovione produziu um antibiótico que se provou eficaz face ao Antrax. Como é que foi o processo, na altura? O antibiótico chama-se doxiciclina. O processo foi como agora, com a ivermectina, também havia uma outra farmacêutica a produzir a doxiciclina na China. E a Hovione registou um aumento nas exportações da doxiciclina? Aumentaram os pedidos de informações sobre o produto, relativamente à acessibilidade, preço e qualidade. Vimos que houve um aumento de procura da doxiciclina, mas não foi grande. Quantas pessoas emprega a Hovione Macau? Temos cerca de 200 funcionários. São sobretudo residentes de Macau ou são do interior da China? São principalmente de Macau. Mas temos trabalhadores do interior da China, temos trabalhadores das Filipinas, da Índia, do Nepal, de Portugal, Malásia, Singapura. E como é que a Hovione lidou com a crise epidémica? Alguns dos trabalhadores do interior da China não puderam vir para Macau por causa do fecho das fronteiras? Como as pessoas estavam muito preocupadas e não queriam atravessar as fronteiras, mesmo antes de serem impostas as restrições de entrada, nós arranjámos alojamento em Macau para que os nossos funcionários pudessem ficar aqui. Cerca de 20 pessoas ficaram nos alojamentos que nós demos. Elas estão lá desde o Ano Novo Chinês até agora. Esta crise também afectou a Hovione, mas nós não suspendemos os nossos trabalhos. Houve duas semanas de atraso na entrega dos materiais porque, depois do Ano Novo Chinês, o produtor dos materiais em bruto atrasou a entrega dos materiais em duas semanas, mas, assim que continuaram as operações, recebemos a primeira entrega. Houve algum impacto, mas foi de apenas uma ou duas semanas de atraso. E houve decréscimo nas receitas? Acho que não. As receitas têm sido basicamente as mesmas. Nós temos estado a vender bastante bem, não temos parado e temos recebido os materiais de que precisamos. A Hovione não se viu forçada a recorrer ao ‘lay-off’ para os funcionários? Não. As nossas operações não pararam. Não houve necessidade de colocar ninguém em ‘lay-off’. Ler o artigo em Ponto Final Macau online.  

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Ao longo dos anos temos falado com o Governo, mas sem grande sucesso

Apr 23, 2020

A Hovione e os CTT – Correios de Portugal constituíram uma parceria para a produção e distribuição pro-bono de SABA, uma solução antisséptica de base alcoólica, para oferecer a bombeiros, lares, IPSS e outras instituições, numa iniciativa solidária de apoio a estas entidades no combate à pandemia CoVid-19. A solução desinfetante é produzida pela Hovione na sua fábrica em Loures, de acordo com a formulação recomendada pela OMS e distribuída pelos CTT – Correios de Portugal, que tratam da trasfega da solução para embalagens mais pequenas e da distribuição destas pelas diferentes entidades. A iniciativa, que arrancou esta quarta-feira, permitirá que as instituições que mais precisam recebam gratuitamente a solução desinfetante, um bem essencial para a higienização que ajuda à prevenção da propagação do vírus. Para João Bento, CEO da Empresa, “os CTT encaram com grande sentido de responsabilidade o seu papel na manutenção das cadeias de distribuição, fazendo chegar aos portugueses e empresas os bens de que necessitam. É com muito orgulho que os CTT se associam à Hovione, oferecendo apoio logístico e a distribuição do álcool gel por várias instituições”. Para Guy Villax, Administrador Delegado da Hovione, “o momento que atravessamos exige uma resposta à altura das circunstâncias. A Hovione trabalha na área da saúde e cedo percebeu que teria de ajudar a responder a uma falha grave do mercado: a falta de gel desinfectante num momento em que tanta falta faz. Dois terços da nossa produção da solução desinfetante vai direta para a Reserva Estratégica Nacional. Os colaboradores da Hovione aderiram rapidamente a este esforço colectivo e sentem-se orgulhosos de poderem participar. Este acordo com os CTT, empresa histórica de Portugal, é mais uma iniciativa necessária para defender a saúde da população.” Esta operação de divisão estará centralizada no MARL, na zona da Grande Lisboa. No primeiro envio será realizada a distribuição de 1.800 litros de álcool gel, que serão enviados para 54 instituições já identificadas. Os CTT farão também, nas operações seguintes, a recolha do vasilhame vazio, para sua reutilização. Os CTT estão a implementar medidas de mitigação de contágio por CoViD-19 na rede de retalho e em todo o processo de tratamento e entrega de correio e encomendas. Também a Hovione está empenhada na aplicação das medidas de mitigação definidas pelas autoridades competentes. Os CTT e a Hovione apelam ao seguimento rigoroso das recomendações da Direção-Geral da Saúde, por forma a garantir a segurança dos clientes, mas também dos colaboradores destas entidades. Sobre os CTT  Os CTT empregavam, em dezembro de 2019, 12.355 pessoas, das quais 11.874 em Portugal, país onde opera uma rede de 2.370 Pontos CTT a que se juntam 4.821 agentes Payshop. Em 2019 os CTT obtiveram rendimentos operacionais de 740,3 M€, um EBITDA de 101,5 M€ e um resultado líquido de 29,2 M€. Nesse mesmo ano, os CTT transportaram 619,0 milhões de objetos de correio endereçado e 37,8 milhões de volumes de Expresso e Encomendas.  www.ctt.pt Gabinete de Imprensa CTT – Correios de Portugal                     Cátia Simões – 915707396/  catia.c.simoes@ctt.pt Mariana Maia de Loureiro – 914012799/ mariana.m.loureiro@ctt.pt Sobre a Hovione Fundada em 1959, a Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega 1800 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 1100 em Portugal. A Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal. A sua atividade de investigação e desenvolvimento em Portugal emprega 220 técnicos e cientistas. Para mais informação visite www.hovione.com Contacto Isabel Pina Directora de Comunicação Externa Tel.: 21 982 9362 / ipina@hovione.com  

Press Release

CTT e Hovione oferecem álcool gel para o combate ao CoVid-19

Apr 23, 2020

Um medicamento inibidor do coronavírus testado, em laboratório, na Austrália, é produzido em Macau, há cerca de vinte anos, pela farmacêutica portuguesa Hovione. Cientista australianos identificaram o Ivermectine, um desparasitante utilizado, em humanos, para combater doenças como a cegueira dos rios, sendo que grande parte da produção mundial é feita pela Hovione. O estudo agora apresentado tem ainda um carácter preliminar mas pode levar a farmacêutica a envolver-se na produção de uma solução farmacológica para combater o vírus. Em declarações à TDM Rádio Macau, Eddy Leong, o responsável da empresa portuguesa na RAEM, reiterou a atenção com que a a farmacêutica está a acompanhar estes estudos. “Se se demonstrar que [o Ivermectin] é eficaz no combate ao vírus, será, com certeza, alguma coisa em que queremos estar envolvidos”, observou. No entanto, Eddy Leong também ressalvou que se trata ainda de “um estudo que os cientistas tem estado a desenvolver para tentar identificar alguma medicação que possa trata o coranavírus” e que, nos testes, que foram desenvolvidos durante as investigações, “parece ter alguma eficácia no combate”. “Ainda precisa de ser testado em humanos, não está formalizado nem tem ainda, sequer, fundamento clínico. É um estudo que foi libertado com base em resultados que são, apenas, de laboratório. O estudo está disponível na página online da Universidade Monash e demonstra que o Ivermectine tem eficácia com uma dose única e resultados visíveis no espaço de dois dias. Leia o artigo no TDM  

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Estudo: Hovione Macau produz droga inibidora do Covid-19

Apr 06, 2020

É um estudo promissor, mas terá de ser complementado. A Ivermectina, um antiparasita conhecido desde os anos de 1980 em todo o mundo, é produzida em Portugal pela Hovione. A Hovione, com sede em Loures, está disponível para aumentar a produção do medicamento, caso seja confirmada a eficácia no combate à Covid-19.   Investigadores australianos conseguiram eliminar, em testes in vitro, o novo coronavírus (Sars-Cov-2) com um fármaco disponível no mercado desde os anos 1980 e produzido em Portugal. O medicamento promissor é a Ivermectina, um antiparasita, que já obteve resultados Os especialistas deixam, no entanto, uma ressalva: o estudo foi apenas realizado em culturas celulares, sendo que ainda não "é possível realizar os ensaios em seres humanos". No estudo divulgado pela Universidade australiana de Monash, os investigadores adiantam que foi possível eliminar o material genético viral "em 48 horas", usando a Ivermectina. O virologista Celso Cunha explica que "a Ivermectina é conhecida por ser um inibidor de um processo fundamental que existe dentro das células" que é o "do transporte nucleocitoplasmático, um processo geral de todas as células do nosso organismo". O processo é complexo, mas consiste basicamente nisto: "Para muitos vírus se conseguirem replicar, algumas das suas proteínas também têm de passar pelo núcleo das células e, inibindo esse transporte do citoplasma para o núcleo, supostamente a ivermectina estaria a contribuir para a anulação da aplicação viral nos parasitas e vírus", explica o virologista do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa. Celso Cunha deixa, no entanto, um alerta, explicando que sendo este um processo para o normal funcionamento das nossas células, não podemos viver sem ele. "Se estamos a inibir um processo fundamental para as células sobreviverem, nesse caso, estamos perante um medicamento que é tóxico se não for bem doseado."   O virologista defende que, nesta fase, deve ser aprofundada a investigação da relação deste fármaco no tratamento da Covid-19, sublinhando, no entanto, que este pode não ser o caminho para a cura da doença: "Estamos a interferir com um processo fundamental e corremos o risco de o doente morrer da cura e não morrer da doença", avisa.   Ouça a peça de Guilherme de Sousa com Marco Gil (ao minuto 1:15)   Medicamento genérico é produzido em Loures Em Portugal, a ivermectina é produzida pela farmacêutica Hovione, que tem sede em Loures. "É um medicamento que existe no mercado há muitos anos para outras indicações, como a cegueira do rio, que existe em África e está disponível como antiparasita em todos os mercados", revela Marco Gil, diretor comercial da empresa, em declarações à TSF. "Temos conhecimento que a ivermectina foi estudada para outros vírus, em que resultados ou testes in vitro terão sugerido que tem alguma atividade antiviral como HIV, Dengue e outros vírus", acrescenta. Marco Gil explica que esta ivermectina "é uma molécula muito antiga" datada da década de 1980, acrescentando que é um fármaco "com o perfil de segurança perfeitamente conhecido". O responsável defende, tal como os investigadores, que o próximo passo são estudos complementares para que o fármaco seja usado com segurança no tratamento de doentes infetados pelo novo coronavírus. O objetivo é "definir a qual é a dosagem terapeuticamente necessária eficaz no combate à Covid-19." Caso a eficácia da ivermectina seja confirmada nos testes futuros, Marco Gil diz que a Hovione "está disponível para aumentar a produção do medicamento" em larga escala. Os investigadores da Universidade Monash, localizada em Melbourne, estão disponíveis para aprofundar o estudo dos efeitos da ivermectina no combate à pandemia, mas deixam um alerta. "É urgente o financiamento."

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Ainda não é a cura, mas é uma esperança. O medicamento que eliminou o novo coronavírus nos testes

Apr 06, 2020

Farmacêutica portuguesa Hovione participa na descoberta de molécula inédita para tratardoentes com covid-19 É com notória preocupação que Guy Villax, administrador delegado da farmacêutica portuguesa Hovione, fala da pandemia de covid-19: “É o maior desafio das nossas vidas. Vamos ter mortos, destruição de empresas e de emprego e vamos sair disto muito mais pobres.” A empresa química, especializada em produtos farmacêuticos, participa no desenvolvimento de tratamentos para a doença, em conjunto com outros parceiros. “Talvez no outono” já esteja disponível uma nova molécula, para a qual a Hovione contribui ao nível da “produção de um componente chave”. O medicamento está na fase III de avaliação clínica (é a última antes da aprovação) e os ensaios em doentes infetados estão a ser feitos na China, EUA e União Europeia. Tudo depende do sucesso desta etapa e da obtenção de luz verde das autoridades reguladoras, que podem também agilizar os procedimentos para a entrada do fármaco no mercado. Depois, segue-se o maior desafio de todos: “Produzir a enorme quantidade de produto para tratar milhões de doentes, e depressa.” A que soma o obstáculo de não se saber ao certo quantas pessoas vão precisar do antiviral. “Começámos por estimar um milhão de tratamentos, para o final de 2020, e já vamos em dez milhões”, revela Guy Villax. Paralelamente, há outros tratamentos que estão avançados, “fruto do trabalho no âmbito da epidemia de ébola”, adianta Guy Villax. Mas vai levar tempo até os médicos usarem com eficácia estes remédios, que são cruciais enquanto não existe uma vacina, o que ainda vai “demorar 12 a 18 meses” — a Hovione fornece um ingrediente secundário para um dos projetos de vacina. “A ciência e tecnologia é que vão fazer a diferença e a indústria farmacêutica é a única que nos pode acudir”, vaticina o gestor. Para já, restam-nos “medidas medievais de isolamento social e de lavagem das mãos”. Fundada há 61 anos em Portugal pelos pais de Guy Villax, a Hovione está em 10% dos cerca de 40 fármacos que a autoridade norte-americana do medicamento aprova por ano, o que a faz um aliado natural dos projetos relacionados com a covid-19. Além disso, sem nunca ter produzido gel desinfetante para as mãos, o laboratório, em pouco tempo, fabricou e já doou 80 mil litros deste produto, nomeadamente a hospitais — com a ajuda da Medinfar, da Logoplaste e dos CTT. Para Guy Villax é fundamental que se façam “muitos testes (cem mil por mês) para saber quem está infetado e deve ficar em quarentena e quem está imune e pode trabalhar com mais à vontade”. “O Governo tem de entender isto”, até porque só haverá tratamentos suficientes se reduzirmos o número de infeções. Ana Sofia Santos Leia o artigo no Expresso

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Novo fármaco pode chegar no outono

Apr 04, 2020

Cientistas australianos identificaram um medicamento que pode neutralizar o novo coronavírus em menos de 48 horas.   O Ivermectine é um desparasitante produzido pela farmacêutica portuguesa Hovione e está a mostrar eficácia contra o novo coronavírus em testes realizados na Austrália. É com cautela que Marco Gil, diretor comercial da marca, recebe a notícia de mais um estudo, desta vez australiano, que investiga um medicamento que pode ser eficaz no combate à Covid-19. O medicamento em causa é um velho conhecido da farmacêutica portuguesa. Trata-se do Ivermectin, um desparasitante usado desde os anos 80 do século passado para combater diversas doenças como a cegueira dos rios e grande parte da produção mundial é feita pela Hovione. Em declarações à Renascença, Marco Gil recorda essa bagagem toda que o Ivermectin tem e que, de resto já valeu o prémio Nobel a dois investigadores pela aplicação em África salvando milhares de pessoas. O diretor comercial da Hovione lembra que, "neste momento, têm de ser feitos estudos de fase três - já em pacientes - e terá de descobrir-se a dose terapêutica, para se apurar se, de facto, essa dose está dentro dos limites de toxicidade com que pode ser usado este produto", mas reconhece que o facto de se conhecer a molécula há décadas "acelera o processo". Este responsável aponta para daqui a "cerca de seis a nove meses" o resultado de uma eventual eficácia do Ivermectine no combate ao novo coronavírus.   A confirmar-se que é eficaz, a Hovione é capaz de produção em escala? "Depende das quantidades e da população a tratar e evidentemente haverá depois limitações e um tempo de adaptação para conseguir aumentar de forma exponencial a produção caso venha a ser necessário." Marco Gil garante que a empresa dará "obviamente" prioridade ao fármaco no caso de ser eficaz e que fará "tudo o que é humanamente possível para aumentar a capacidade de produção deste produto". O Ivermectin não tem patente, é um genérico, por isso, a produção em escala também não deverá ser cara. O facto de existir há muitos anos no mercado "facilita o preço", e mais, "será um produto muito mais barato do que uma molécula nova neste momento em estudo", conclui. Trata-se também de um medicamento seguro, sem efeitos secundários, mas, mais uma vez, Marco Gil trava expectativas exageradas, explicando que, se por um lado o Ivermectin "não tem efeitos secundários relevantes, sendo de administração segura, muito estudado há muitos anos, e, desse ponto vista traz a segurança de ser um produto com toxicidade baixa", por outro lado "dependerá muito da dose terapêutica que será necessário administrar aos doentes de a administrar estes doentes da Covid 19". O estudo está disponível na página online da Universidade Monash, na Austrália, e conclui que o Ivermectine tem eficácia com um único tratamento e resultados visíveis em 48 horas. Mas estamos a falar ainda experiências até aqui em culturas de células em laboratório (in vitro) e não testes em humanos (in vivo). Portugal regista este sábado 266 mortes associadas à covid-19, mais 20 do que na sexta-feira, e 10.524 infetados (mais 638), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 59 mil. Há ainda a registar mais de 229 pessoas de recuperaram. Leia a entrevista na Renascença  

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Medicamento inibidor da Covid-19 em teste na Austrália é feito em Portugal

Apr 04, 2020

Um documento interno da farmacêutica nacional, a que o Jornal Económico teve acesso, considera que “é possível que venha a participar no desenvolvimento de medicamentos específicos para esta pandemia”. A farmacêutica portuguesa Hovione admite estar na corrida à produção e comercialização de uma vacina contra o coronavírus, integrada num consórcio internacional. “O propósito da Hovione é o de trabalhar em benefício da saúde de todos, pelo que é possível que venha a participar no desenvolvimento de medicamentos específicos para esta pandemia. Por razões de confidencialidade, não poderemos, por ora, avançar com qualquer confirmação”, adianta um documnto interno da farmacêutica nacional, a que o Jornal Económico teve acesso. “Em 1997, produzimos em grande escala do nosso primeiro antiviral Viracept, indicado para o tratamento do VIH/SIDA, e trabalhámos com três das quatro empresas que descobriram curas para a Hepatite C, uma doença de origem viral. Desde 2016, a Hovione contribuiu para o desenvolvimento do processo e da produção de 15 novos medicamentos de diferentes áreas clínicas, aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) e pela European Medicines Agency (EMA), reguladores do setor nos EUA e Europa, o que nos dá uma grande satisfação”, disse Guy Villax, Administrador Delegado. Sem querer referir especificamente, quer estas declarações de Guy Villax, quer o próprio comunicado da farmcêutica dão a entender que a Hovione está na corrida ao fabrico de uma nova vacina contra o coronavírus, prevendo-se que esteja integrada num consórcio internacional para o efeito. “A Hovione trabalha desde sempre na investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores, tendo na sua história colaborado com as maiores empresas farmacêuticas do mundo e participado no desenvolvimento e produção de medicamentos que já curaram três milhões de doentes” destaca um comunicado da Hovione, destacando papel pioneiro da farmacêutica nacional e relembrando que a empresa “detém mais de 400 patentes registadas a nível mundial, preenchendo várias áreas clínicas”. “Em Portugal a empresa é o maior empregador privado de doutorados”, conclui o referido documento. Fundada em 1959, a multinacional Hovione tem hoje laboratórios e fábricas em Portugal, na Irlanda, em Macau e nos Estados Unidos da América. A Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. Com sede em Loures, a empresa emprega 1.800 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 1.100 em Portugal. A Hovione tem presentemente oito programas de doutoramento e oito de mestrado a decorrer na empresa. A sua atividade de investigação e desenvolvimento em Portugal emprega 220 técnicos e cientistas. Leia o artigo no Jornal Económico  

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Portuguesa Hovione admite entrar na corrida à produção da vacina contra o vírus

Apr 01, 2020

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