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A agenda Ambiental, Social e de Governance (ESG) está no core do negócio farmacêutico. As empresas Hovione e Novartis entendem a sustentabilidade de forma integrada e assim a consideram nas suas estratégias.   Um marco no caminho para a sustentabilidade. A portuguesa Hovione foi a primeira empresa na indústria química/farmacêutica a nível mundial com a certificação B Corp e orgulha-se, não só do facto, mas de tudo o que este representa.   “Entendemos a sustentabilidade de forma integrada, como parte da nossa estratégia de negócio, e assumindo que o nosso dever vai muito além do estrito cumprimento legal de um código de conduta empresarial. Acreditamos que as empresas devem contribuir para uma sociedade melhor”, afirma Austin Geraghty, Global Health, Safety & Sustainability Senior Director, ao Jornal Económico. O B Corp tem por base as operações das empresas e o modo como os seus modelos de negócio impactam nos funcionários, na comunidade, no meio ambiente e nos clientes.   Criada em 1959 por Ivan e Diane Villax e dois compatriotas húngaros, a Hovione soma mais de 500 patentes a nível mundial em 40 famílias distintas e tem fábricas em Portugal, Estados Unidos, Irlanda e Macau e escritórios em Hong-Kong, Japão, Suíça e Índia. É um player global e, como tal, enfrenta preocupações e responsabilidades a esta escala. “A velocidade das alterações climáticas e os impactos evidentes no mundo exigem que nós, como empresa, enfrentemos o desafio”, adianta o Global Health, Safety & Sustainability Senior Director.   No campo do ambiente — ‘environment’, no original em inglês, que corresponde ao E da sigla ESG — a prioridade tem sido a redução da pegada de carbono. O foco está posto na redução de consumo e descarbonização de energia por utilização de fontes renováveis, nas suas operações nos EUA, na Irlanda e em Portugal. Em concreto, a Hovione tem desenvolvido trabalho no sentido de aumentar a circularidade. “Sempre que possível — explica Austin Geraghty —retornamos os nossos solventes residuais para recuperação e valorização. Desenvolvemos soluções que permitem testar os processos de fabrico com recurso à modelação ou escalas mais pequenas, otimizando assim o consumo de matérias-primas e a produção de resíduos, evitando testes em escalas maiores de modo a reduzir a pegada ecológica”.   O responsável da Hovione salienta a importância de integrar um movimento global crescente de pessoas e empresas “que usa os negócios como uma força para o bem, resolvendo problemas sociais e ambientais, com a visão de que um dia todas as empresas venham a competir, não só para serem as melhores do mundo, mas para serem as Melhores para o Mundo”. A Hovione envolve-se com as comunidades locais nos lugares onde opera, “a apoiar aqueles que ajudam os outros”, através de uma política de responsabilidade social corporativa focada na Educação e Cultura, Apoio Social, Saúde e Bem-estar, Desporto e Segurança e Ambiente.   A suíça Novartis A Novartis Portugal é um exemplo dentro e fora do grupo: 58% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. A meta estabelecida pela farmacêutica suíça com a Equal Pay International Coalition (EPIC) para alcançar o equilíbrio de género na gestão e melhorar continuamente os processos de equidade salarial/transparência é 2023. Dois anos antes da data fixada, na Novartis Global, o valor atinge já os 45%. E pelo terceiro ano consecutivo, a empresa volta a ser incluída no Gender Equality Index de 2022 da Bloomberg.   “Estamos a construir uma cultura que estimula a curiosidade e promove oportunidades para abraçar e valorizar a diversidade nas nossas perspetivas”, afirma Patrícia Adegas, country Communications & Engagement Head, Novartis Portugal, ao JE.   A Novartis resultou da fusão em 1986 das históricas farmacêuticas suíças Ciba-Geigy e Sandoz, sendo hoje um conglomerado global de medicamentos que chega a mais de 750 milhões de doentes no mundo. “Temos nas nossas mãos a capacidade de influenciar e contribuir para uma resposta global a desafios de saúde complexos e, por isso, temos dado passos significativos para integrar a nossa agenda Ambiental, Social e de Governance (ESG) no core do nosso negócio”, explica Patrícia Adegas. Além das pessoas e de assegurar boas condições de saúde e bem-estar para as populações, as prioridades vão para a redução da pegada ecológica.   As metas estão calendarizadas e são ambiciosas:tornar as operações neutras em emissões de carbono em 2025 e alargar este objetivo a toda a cadeia de valor até 2030. Reduzir para metade o consumo de água nas operações da empresa até 2025 e atingir a neutralidade em todas as operações em 2030. Atingir a neutralidade no consumo de plástico em 2030.   Em Portugal, a Novartis emprega cerca de 400 pessoas. Nas suas instalações no Taguspark, em Oeiras, não entram já plástico nem outros materiais consumíveis. E este ano deu-se início à alteração gradual da frota da empresa, de veículos com motores de combustão para veículos com motores movidos por energias alternativas.   Aí decorre atualmente “uma avaliação de materialidade local”, que visa ajudar a entender as questões que mais importam aos colaboradores, parceiros e clientes externos. “Permite-nos capturar o nosso impacto de uma forma não financeira e ajuda-nos a estabelecer prioridades que suportam o nosso pensamento estratégico”, conclui Patrícia Adegas. Melhorar é o fim.   Leia o artigo em JornalEconomico.pt    

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Sustentabilidade é prioridade para empresas farmacêuticas

Feb 06, 2022

As duas farmacêuticas estão a criar emprego. O maior empregador privado de doutorados em Portugal, Hovione, admitiu, só em 2021, mais de uma centena de quadros, metade com menos de 30 anos. Já a co-criadora da vacina contra a Covid-19, AstraZeneca reforçou-se com 22.   Reter os talentos mais experientes e atrair os mais jovens. Esta é a aposta da AstraZeneca, que os números refletem: 35% dos colaboradores são Millennials e 5% pertencem à geração Z. A média etária é de 44 anos. “Consideramos crucial a manutenção do equilíbrio entre gerações, pois as diferentes perspetivas e ‘know-how’ são condição base para a promoção da diversidade de pensamento e, consequentemente, para a inovação”, afirma Matilde Coruche, HR Director da AstraZeneca em Portugal, ao Jornal Económico.   A AstraZeneca é há três anos consecutivos reconhecida como Top Employer em Portugal. A empresa conta com 208 colaboradores e está a criar emprego em Barcarena. No ano passado admitiu 22 pessoas, das quais cinco estagiários – 18% dos colaboradores admitidos têm menos de 30 anos. Em 2022 vai continuar a reforçar o quadro.   Os estágios são uma porta aberta para o emprego. “Fazemos estágios profissionais, habitualmente com a duração de nove meses e é sempre um processo bastante enriquecedor para ambas as partes. Sempre que possível, damos oportunidade aos estagiários de ficarem connosco”, adianta Matilde Coruche.   A aposta no desenvolvimento das pessoas e no seu reconhecimento fazem parte do dia-a-dia da farmacêutica, pois só, assim, é possível ter uma cultura de alta performance. “É esta cultura que nos permite atrair e reter os melhores talentos”, destaca. A progressão existe, havendo inclusivamente diretores que começaram como estagiários. A política de gestão de recursos humanos da AstraZeneca “aposta fortemente na flexibilidade e no desenvolvimento das suas pessoas, nomeadamente através da criação de oportunidades a nível local e global” – explica Matilde Coruche.   Nascida em 1999 da fusão da sueca Astra AB com o inglês Zeneca Group PLC, a biofarmacêutica, uma das primeiras a chegar à vacina contra a Covid-19, aposta na diversidade e inclusão através de iniciativas próprias. “Acreditamos que a inovação advém da diversidade de pensamento e, por isso, temos uma cultura de ‘speak-up’, em que cada um tem liberdade para partilhar as suas ideias e opiniões”, salienta Matilde Coruche. A aposta na sustentabilidade — que divide em três áreas: proteção ambiental, acesso aos cuidados de saúde e ética e transparência — é também, conclui, “uma área em que os colaboradores não só valorizam, como se orgulham de contribuir”.   A portuguesa Hovione A Hovione é uma oportunidade de valor para recém-licenciados, mestrados e doutorados. “Estamos a crescer em Portugal e em todo o mundo com um plano de expansão ambicioso e, por isso, contratar talento é absolutamente fundamental”, afirma Ana Cristina Guimarães, HR Senior Director – Portugal, ao Jornal Económico. Só em 2021 entraram na farmacêutica mais de uma centena de novos quadros, metade com menos de 30 anos.   Com cerca de duas mil pessoas, das quais 300 investigadores, a Hovione é o maior empregador privado de doutorados em Portugal. “No panorama nacional tem uma posição muito interessante — explica Ana Cristina Guimarães — uma vez que pode oferecer um ambiente de investigação e desenvolvimento que combina ciência com negócio e projeção internacional. É reconhecida como uma das poucas empresas no nosso país que pode proporcionar uma boa alternativa a uma carreira académica nas nossas áreas de I&D”.   Sediada em Loures, a farmacêutica tem, além desta fábrica, unidades nos Estados Unidos, Irlanda e Macau e escritórios em Hong-Kong, Japão, Suíça e Índia. “Oferecemos a possibilidade de crescimento pessoal e de novas experiências numa escala internacional, o que é muito interessante para quem está a começar uma carreira nas áreas da ciência e da saúde”, adianta a responsável de recursos humanos. Argumentos não faltam: o trabalho com as tecnologias mais avançadas, a investigação pioneira, a relação com os mais importantes reguladores mundiais e com as empresas mais robustas e inovadoras.   “O nosso sentido de exigência é máximo, pois trabalhamos diariamente para a criação de medicamentos que salvam vidas, oferecendo as condições para que esse trabalho possa acontecer e afirmar-se”, salienta Ana Cristina Guimarães. A formação é uma componente fundamental desse processo. E a Hovione disponibiliza formações variadas nas áreas técnicas, mas também de ‘soft skills’, de forma a permitir o desenvolvimento de competências de liderança e comportamentais dos seus colaboradores. Entre as várias parcerias com universidades, destaque para a NOVA SBE, com a qual desenvolveu um curso customizado para a Hovione em Liderança de equipas de alto rendimento. A “preocupação contínua com o bem-estar” inclui, por exemplo, a realização de workshops frequentes para as equipas sobre temas tão variados como a alimentação saudável, gestão de ‘stress’ ou sobre ‘mindfulness’, bem como programas de apoio pessoal e iniciativas de envolvimento e bem-estar promovidas pelos Wellbeing Committees em cada país.   Durante a pandemia, a empresa ajudou os colaboradores de várias formas, algumas bem simples, como a entrega de compras de bens essenciais nas suas instalações ou a disponibilização de gel desinfetante gratuito. “São exemplos simples, mas que revelam o nosso cuidado e preocupação com o bem-estar dos nossos colaboradores”, salienta a responsável pelos Recursos Humanos da Hovione em Portugal. Os detalhes fazem a diferença.   Leia o artigo em JornalEconomico.pt    

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Os trunfos da Hovione e da AstraZeneca para atrair e reter o talento

Feb 06, 2022

O Parque Verde de Sete Casas, que está a ser construído pela empresa Hovione, dará lugar a um espaço de lazer e a uma extensa área verde natural. A nova infraestrutura, que se encontra em construção, foi visitada no dia 26 de novembro pelo vereador da Câmara Municipal de Loures, Nelson Batista.  Acompanhado pelo Diretor Geral da Fábrica da Hovione, Jorge Pastilha, pelo Vice-Presidente de Engenharia, Nuno Almeida, e pelo Diretor de Planeamento de Infraestruturas, João Rainha Castro, o vereador teve oportunidade de, in loco, verificar o andamento das obras de um parque que será doado à Câmara Municipal de Loures, beneficiando, assim, a comunidade local. O novo parque, que ficará localizado a norte da fábrica da Hovione, terá acesso pela Rua Comandante Carvalho Araújo, e contará com uma extensa área verde natural, com mais de uma centena de árvores plantadas, percursos pedonais, circuito de manutenção, parque infantil, anfiteatro natural e áreas de estada e merendas.  O investimento a realizar em Sete Casas inclui ainda a criação de um parque de estacionamento privado, com 200 lugares, para os trabalhadores da empresa farmacêutica, mas que poderá vir a servir, por períodos condicionados, a população em geral. “Fizemos questão de que a Câmara de Loures estivesse envolvida em todas fases”, referiu, na ocasião, João Rainha Castro. “Com a Autarquia chegámos às melhores soluções, desde a visão mais macro até ao ínfimo detalhe. E é desta forma que nasce um parque à escala de onde estamos inseridos e que acomoda aquilo que são as necessidades dos nossos vizinhos”. João Rainha Castro salientou ainda que “não foi abatida uma única árvore, tendo sido todas relocalizadas. Tudo foi pensado para que o ecossistema que ali está não ficasse comprometido”. Previamente à visita houve lugar a uma breve reunião onde foi apresentada a Hovione e os seus objetivos de crescimento na Fábrica de Sete Casas. Jorge Pastilha referiu que a empresa “tem procurado ter sempre uma boa relação com a Câmara de Loures”, até porque a Hovione “tem ambições muito grandes e planos para continuar a crescer”.  O Diretor Geral da fábrica salientou que se trata de uma indústria “muito dinâmica”, em que os clientes “inventam constantemente novos produtos para doenças que aparecem. Temos, por isso, de ser muito rápidos a concretizar essas solicitações”. “Quanto melhor conhecermos a Câmara e a autarquia nos conhecer a nós, melhor podemos colaborar”, afirmou Jorge Pastilha. Nelson Batista reiterou a preocupação “com a celeridade dos processos”, referindo a necessidade de se criar uma “via verde entre a divisão de atividades económicas e o departamento do urbanismo, de modo a que os processos sejam desenvolvidos o mais depressa possível”.   A Hovione atualmente Com mais de meio século de experiência, a Hovione investiga e desenvolve novos processos químicos e dispositivos médicos, e produz princípios ativos para a indústria farmacêutica mundial. Com quatro fábricas no mundo localizadas em Portugal, Estados Unidos da América, Macau e Irlanda, a empresa emprega cerca de 2000 colaboradores, dos quais mais de 400 são investigadores. A Hovione exporta 100% dos seus produtos para os mercados mais exigentes do mundo. Importa ainda relevar a excelência da Hovione que, num mercado tão regulado e exigente como é o farmacêutico, nos últimos 5 anos, esteve envolvida em mais de 10% dos novos medicamentos que foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA).     Leia a notícia em CM-Loures.pt    

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Parque verde construído pela Hovione já tem obra em curso

Nov 29, 2021

Conselho Estratégico do Prémio Nacional de Sustentabilidade reuniu-se pela primeira vez e debateu os desafios que se colocam às empresas e ao país no caminho para um mundo mais sustentável. Os custos com a transição e a forma de medir objetivos de sustentabilidade nos negócios estão entre as principais preocupações. Diversos CEO de empresas portuguesas juntaram-se na primeira reunião do Conselho Estratégico do Prémio Nacional de Sustentabilidade, organizada pelo Jornal de Negócios, no dia 29 de outubro, nos Montes Claros, em Lisboa. Depois das intervenções dos dois keynote speakers, António Lagartixo, CEO e managing partner da Deloitte, e Miguel Maya, CEO do Millennium bcp, o debate abriu-se à participação de todos os presentes, para partilharem as suas questões, dúvidas e ideias sobre a transformação do país rumo à sustentabilidade. ... Fazer as transições climática e digital rumo a um país mais sustentável deve ser um desígnio nacional, apontam os CEO. Neste sentido, Guy Villax, CEO da Hovione, salientou a importância de ter neste conselho estratégico também elementos da academia, do Estado e de ONG. E destacou também a necessidade de haver formas de medir eficazmente os parâmetros para se poderem definir objetivos. "Não se pode falar de igualdade de género, tem de se falar de medição de género. Qual é a ferramenta para medir a igualdade nas bandas salariais? Tanto aqui como nas 147 páginas do PRR não está uma única vez a expressão ‘pegada de carbono’. Quer dizer, ninguém que se candidata ao PRR é obrigado a calcular a pegada de carbono. Acho que não se faz nada sem medir. E depois de medir temos os objetivos", salientou.   Leia o artigo completo em JornaldeNegocios.pt          

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Gestores portugueses consideram sustentabilidade um desígnio nacional

Nov 03, 2021

Primeira reunião do conselho estratégico Forum ESG Prémio Nacional de Sustentabilidade 2030   Diversos CEO de empresas portuguesas juntaram-se na primeira reunião do Conselho Estratégico do Prémio Nacional de Sustentabilidade, organizada pelo Jornal de Negócios, no dia 29 de outubro, nos Montes Claros, em Lisboa. Depois das intervenções dos dois keynote speakers, António Lagartixo, CEO e managing partner da Deloitte, e Miguel Maya, CEO do Millennium bcp, o debate abriu-se à participação de todos os presentes, para partilharem as suas questões, dúvidas e ideias sobre a transformação do país rumo à sustentabilidade. João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, começou por questionar como as empresas vão ser sustentáveis neste caminho para a sustentabilidade: "Vamos ter de pagar a transição durante bastante tempo e é importante percebermos como é que a vamos pagar. Eu ainda não consegui ver em lado nenhum, de forma clara, como é que vamos lá chegar. Obviamente, não estou a pôr minimamente em causa que isto é um desígnio e que todos temos de o fazer." Em jeito de resposta, Oliveira e Costa não acredita que este peso recaia sobre os consumidores e referiu também que, para trazer todos para esta causa, é preciso falar numa linguagem clara. Presente no encontro, Pedro Norton quis deixar uma nota sobre a canalização das verbas para a transição: "93% dos fundos públicos e privados que estão neste momento previstos são todos destinados a estratégias de mitigação das alterações climáticas. Estamos a deixar de fora a estratégia da adaptação. Mesmo que acabássemos com todas as emissões hoje, os efeitos iam ficar cá muitos mais anos. E vamos ter de viver com eles. Portanto, é preciso canalizar fundos para estratégias de adaptação e não apenas de mitigação." O CEO da Finerge partilhou também a sua visão da resolução da questão da sustentabilidade como um todo: "Temo o exemplo do que aconteceu com a globalização. Nós deixámos para trás deserdados da globalização e estamos a ver o resultado disso em polarização política e social. Estou absolutamente convencido de que não se fará esta transição se não se endereçar o problema social e político que dele decorre. E aí acho que estamos muito atrasados." Neste sentido, Luís Carrasqueira, CEO da SAP Portugal, partilhou uma das formas como a empresa está a tratar desta questão a nível global. "Lançámos um prémio, no qual alocámos 5% das nossas despesas elegíveis em empresas sociais e sustentáveis. Isto tem um impacto de 60 milhões de dólares. Se isto fosse aplicado pelas Fortune 500, teria um impacto de 25 mil milhões. Portanto, pensamos que é uma forma de ajudar na inclusão de negócios de áreas mais desfavorecidas da sociedade."     É preciso medir os objetivos Fazer as transições climática e digital rumo a um país mais sustentável deve ser um desígnio nacional, apontam os CEO. Neste sentido, Guy Villax, CEO da Hovione, salientou a importância de ter neste conselho estratégico também elementos da academia, do Estado e de ONG. E destacou também a necessidade de haver formas de medir eficazmente os parâmetros para se poderem definir objetivos. "Não se pode falar de igualdade de género, tem de se falar de medição de género. Qual é a ferramenta para medir a igualdade nas bandas salariais? Tanto aqui como nas 147 páginas do PRR não está uma única vez a expressão ‘pegada de carbono’. Quer dizer, ninguém que se candidata ao PRR é obrigado a calcular a pegada de carbono. Acho que não se faz nada sem medir. E depois de medir temos os objetivos", salientou. Madalena Tomé, CEO SIBS, partilhou que, na sua perspetiva, resolver o problema da sustentabilidade tem de passar pela inovação e estar presente em todo o negócio. "A sustentabilidade não é um tópico independente em si mesmo, mas de facto tem de estar embutido nos processos de inovação, nos processos de desenvolvimento de negócio, na forma como nós desenvolvemos novos produtos e serviços. E isto é muito importante que esteja no ADN das organizações", referiu. A CEO partilhou também da opinião de que estamos perante um problema global que deve ser visto como um desígnio nacional: "Se em Portugal conseguirmos ter uma ambição bem clara, com objetivos claros e mostrar que estamos na linha da frente deste desafio, podemos também ter um papel muito ativo na Europa e com isso escalar em coletivo a nossa voz neste tema." Por fim, da área das seguradoras, Jorge Magalhães Correia, chairman da Fidelidade, chamou a atenção para a importância da gestão de riscos coletivos como prioridade nacional. "Nós estamos a sair de uma crise pandémica que tornou evidente que a gestão de riscos coletivos é talvez uma das principais missões do Estado. E recolocou de certa forma o papel do Estado em debate, porque o que assistimos pelo mundo fora é que os Estados tiveram basicamente uma atitude reativa e não uma atitude preventiva ou de mitigação imediata do risco. No caso de Portugal, o nosso mapa de risco está bem identificado. Risco sísmico, de inundações, de incêndios florestais, e muitos destes riscos têm uma correlação direta com os temas ambientais pela sua frequência e maior severidade", referiu.   Leia o artigo em JornaldeNegocios.pt      

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Gestores portugueses consideram sustentabilidade um desígnio nacional

Nov 03, 2021

A presença da Hovione em Macau permitiu que a empresa criasse um protocolo para reduzir ao máximo o risco de contágio logo em fevereiro de 2020.   “A Hovione atua num mercado que não pode parar dado o impacto da nossa atividade na saúde de milhões de pessoas no mundo inteiro e, como tal, a pandemia foi um enorme desafio organizativo”, diz Guy Villax (na foto), CEO da Hovione. “Produzir medicamentos indispensáveis implica aceitar uma enorme responsabilidade: não podermos parar a nossa atividade sob pena de prejudicarmos a vida a milhões de pessoas. Os colaboradores da Hovione mantiveram-se sempre ativos e as fábricas nunca pararam.” Em fevereiro de 2020, a Hovione começou a adotar as primeiras medidas de precaução, designadamente a triagem das entradas e saídas de pessoas nos laboratórios e fábricas, a desinfeção das mãos e a medição de temperatura. Como explica Guy Villax, foi “a experiência como multinacional, e em particular a nossa presença em Macau, que permitiu que começássemos a concretizar estas medidas de prevenção muito cedo. Naturalmente, aprendemos muito com esta experiência e replicámo-la em Portugal, na Irlanda e nos Estados Unidos. Ou seja, criámos um protocolo desenhado especificamente para reduzir ao máximo o risco de contágio”. Esse protocolo implica a testagem regular e o rastreio dos casos positivos, mas também o desfasamento de horários e isolamento das equipas e das áreas funcionais. Criaram silos dentro da empresa e usaram o teletrabalho quando era possível.   Componente do remdesivir A pandemia de covid-19 não mudou o caráter e os processos da organização, mas obrigou a que se adaptassem para dar resposta imediata aos novos objetivos e às necessidades dos clientes, e à proteção dos colaboradores. “Paralelamente, a pandemia também trouxe um novo desafio aos cientistas e a toda a empresa. A pandemia permitiu-nos também inovar nos métodos de trabalho: nestes dois anos, as nossas equipas internacionais, em três continentes, aproximaram-se ainda mais, colaboraram mais uns com os outros, pensaram mais em conjunto”, sublinha Guy Villax. A Hovione assumiu também a responsabilidade de participar no esforço global de combate à covid-19. Guy Villax recorda que tiveram “uma participação muito ativa na produção e disponibilização de álcool-gel no mercado num período em que se verificou escassez de produto. Distribuímos álcool-gel gratuitamente aos nossos colaboradores, parceiros diretos, hospitais, bombeiros, organismos públicos, entidades de cariz social e de solidariedade. No total, foram produzidas cerca de 250 toneladas da solução SABA, a um ritmo médio de 40 toneladas por semana, e foram oferecidas pela empresa a 700 entidades em Portugal, que estavam na linha da frente do combate ao coronavírus.” Com a pandemia tiveram custos acrescidos que não estavam previstos em orçamento, mas “dada a natureza do nosso negócio e o importante contributo da Hovione no combate à pandemia na produção dos componentes do remdesivir, foi possível cumprir o nosso orçamento”, revela Guy Villax.     Leia o artigo em JornaldeNegocios.pt    

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A experiência da pandemia numa multinacional farmacêutica

Oct 04, 2021

  Empresa farmacêutica, liderada por Guy Villax, quer produzir componentes mRNA usados na produção de vacinas como a da Pfizer ou da Moderna.   Dois anos depois de a Hovione ter anunciado um investimento que pode ir até €200 milhões num novo complexo industrial de alta tecnologia no Seixal, a sua construção ainda não teve início. “O processo de licenciamento não é simples, mas acreditamos que as obras deverão arrancar no final deste ano ou em janeiro de 2022 e que poderemos iniciar parte da produção em 2023”, adianta em entrevista ao Expresso Guy Villax, administrador-delegado da empresa farmacêutica portuguesa, que não poupa nas críticas a Portugal em matéria de criação de um ambiente favorável ao investimento e à inovação no sector.   A expansão da capacidade industrial para o Seixal vai permitir que a Hovione — que exporta 100% do que produz — aumente a exportação de produtos farmacêuticos para os Estados Unidos da América, Europa e Japão, os mercados mais regulados do mundo no sector. Com uma área de cerca de 40 hectares, o novo campus vai ser a casa para a expansão de várias áreas de negócio, organizadas por tecnologia. Algumas estão extremamente maduras, como a engenharia de partículas, que em 15 anos já representa metade do negócio da farmacêutica — e está a crescer. “Há um volume de negócios óbvio que está a transbordar de Loures e tem de ir para o Seixal”, explica o líder da empresa, que registou em 2020 um aumento de 20% face às receitas de €155,5 milhões em 2019.   Leia o artigo completo em Expresso.pt  

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Fábrica no Seixal aposta em tecnologia na base das vacinas contra a covid-19

Jul 02, 2021

Esta quarta-feira pode assistir a mais um episódio do “Admirável Mundo Novo”, o oitavo, fechando assim esta primeira temporada. A convidada desta semana é Ilda Ventura, VP Human Resources com responsabilidade internacionais, da Hovione, que será entrevistada por Nuno Troni, director da Randstad Professionals. Tendo experiência internacional, irá comparar a realidade portuguesa com outras nas quais teve experiência, entre termos de gestão de pessoas mas também de cultura empresarial, focando áreas como o da produtividade, por exemplo, mas sem esquecer temas da actualidade. Não perca, dia 2 de Junho, às 14h30.   Desde Julho de 2020 vice-presidente de Recursos Humanos da Hovione, Ilda Ventura vinha de uma experiência de 3 anos como Global HR director da HERE Technologies, em Berlim, mas no seu percurso destaca-se a carreira que desenvolveu na HP, também internacional, tendo passado por Espanha e Alemanha. Será essa experiência internacional que servirá de ponto de partida para uma conversa que irá passar por temas como a produtividade – será que depende mais da capacidade ou do ambiente de trabalho -, o agravemento da saúde mental dos colaboradores, a gestão da dicotomia entre p teletrabalho e o trabalho presencial e também expectativas para a segunda metade de 2021. Pode assistir à entrevista aqui, no site da Human Resources, e nas nossas redes sociais. Fique atento.   Leia o artigo em HRPortugal.sapo.pt

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Admirável Mundo Novo. Nuno Troni entrevista Ilda Ventura, VP Human Resources da farmacêutica Hovione

Jun 28, 2021

  A associação Business Roundtable Portugal apresentou-se esta terça-feira pelas vozes de Vasco de Mello, Cláudia Azevedo e António Rios Amorim   A associação Business Roundtable Portugal (BRP) apresentou-se esta terça-feira em Lisboa, pelas vozes de Vasco de Mello, Cláudia Azevedo e António Rios Amorim. Estes três líderes empresariais, e representantes de algumas das mais ricas famílias portuguesas, são os principais rostos daquela nova associação, que pretende dar um choque de crescimento à economia nacional. São 42 empresas, de A a V, da Altice à Visabeira, passando pela EDP, Galp, BCP ou pela Jerónimo Martins, representando parte importante da criação de emprego do País e com receitas globais de mais de 80 mil milhões de euros (dados de final de 2020). E é todo este “poder de fogo” que pretende fazer-se ouvir, com propostas, pela sociedade, mas sobretudo pelo poder político, para aumentar de forma vincada o ritmo de crescimento da economia portuguesa. “Queremos um Portugal capaz de valorizar e qualificar os Portugueses, apoiar a criação, desenvolvimento e a escala das nossas Empresas e melhorar o desempenho do Estado”, afirmou o presidente da BRP, Vasco de Mello, tocando exatamente nos três eixos principais à volta dos quais querem trabalhar: pessoas, empresas e Estado. O objetivo assumido é contribuir para que Portugal ascenda a um lugar entre os 15 países com maior PIB per capita da União Europeia. E como vai ser isto feito? Sobretudo em duas vertentes. A primeira é através da própria prática das 42 empresas associadas, em áreas como a requalificação de pessoas. A segunda é através da elaboração de estudos e produção de propostas concretas “pragmáticas e exequíveis”, que serão partilhadas com a sociedade e pretendem necessariamente influenciar o poder político. Um dos argumentos da associação é que os estudos e as propostas, bem como os testes associados, serão feitos com recurso aos meios e às equipas das próprias empresas, tirando partido dos seus quadros. A associação afirma-se apartidária, mas os responsáveis admitem que será impossível atingir a sua missão “sem colaboração com as forças públicas”, entre elas o Estado. A iniciativa, aliás, já terá sido apresentada ao Governo, antes de se dar a conhecer ao público. Da mesma forma, os responsáveis afastam qualquer incompatibilidade entre a BRP e as associações patronais que já existem, e que têm assento na Concertação Social, influenciando dessa forma as medidas públicas. A BRP terá uma estrutura própria, ainda que reduzida, liderada pelo secretário-geral, Pedro Ginjeira do Nascimento. E os associados são as próprias 42 empresas, mas todas representadas ao mais alto nível pelos seus líderes.     Assim, na sessão de apresentação participaram os restantes membros da direção: Sandra Santos, CEO da BA Glass; Nuno Amado, chairman do BCP; Guy Villax, CEO da Hovione; Paulo Rosado, CEO da Outsystems; Fernando da Cunha Guedes, presidente da Sogrape; e João Castello Branco, CEO da Semapa. Propostas concretas ainda não existem, apenas o diagnóstico. Que parece um copo quase vazio e contrasta com o copo quase cheio que sucessivos Governos costumam apresentar sobre Portugal. Sendo o desejo de empresas e do Governo em aumentar a riqueza do País, a diferença estará na forma de lá chegar, que terá, segundo a BRP, de passar por uma rutura na educação, maior aposta na requalificação, maior escala e produtividade nas empresas e um posicionamento mais simples e amigo da iniciativa privada, por parte do Estado. Depois da apresentação, com todo o poder destas 42 grandes empresas, começa agora o trabalho. Para que, daqui a alguns meses, comecem a surgir as primeiras propostas concretas, que até podem ir a tempo de influenciar a forma como os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência podem ser usados. “Se calhar precisamos de parar para pensar. Não muito tempo, é claro, mas às vezes é melhor para pensar na melhor forma de fazer as coisas do que fazer da mesma forma que fizemos no passado, apenas com mais dinheiro”, defendeu Cláudia Azevedo, líder da Sonae.   Apresentação Associação Business Roundtable Portugal BRP   Leia o artigo em Exame.pt  

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Maiores empresas juntam-se para influenciar políticas de crescimento do País

Jun 22, 2021

A indústria farmacêutica tem crescido em Portugal, duplicou as exportações numa década e investe mais na investigação, mas o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, diz que é necessária maior ambição. Em entrevista, que pode ver na íntegra na JE TV, diz que há oportunidades a aproveitar, pelo novo enquadramento pós-pandemia e pelos recursos que Portugal terá disponíveis.   Os empresários da saúde e da indústria farmacêutica queixam-se de que o sector nem sempre vê reconhecido o seu papel na economia e que é encarado mais pela função social. Como é que o Ministério da Economia olha para este sector? A indústria do medicamento tem, evidentemente, uma dimensão económica que é inegável. Representa uma atividade muito relevante do ponto de vista da geração de emprego, qualificado, e da criação de produto, e, nesse sentido, é um sector económico como os outros. Mas temos claro que o medicamento é um bem com características especiais, é um bem com valor reforçado, que responde a necessidades básicas das pessoas e das sociedades. Essa dimensão social que está associada àquilo que é o produto da atividade económica do sector do medicamento é, também, inegável. Tem de se olhar para estar articulação entre a dimensão económica e a dimensão social, com os valores em que em cada uma das diferentes áreas devemos ter em atenção. Não há contradição entre essa dimensão social, que resulta de uma atividade económica.   O que mudou nestes sectores e que ensinamentos podemos guardar deste período de pandemia? Esta crise vem colocar desafios novos, não apenas em Portugal, mas também à União Europeia (UE), naquilo que é uma perceção sobre cadeias longas de produção com dificuldades de ajustamento em função de crises muito expressivas – que pode ser uma pandemia, mas também o [acidente no] Canal do Suez, uma guerra localizada ou um terramoto – e deve levar-nos a pensar. Coloca-nos o desafio de encontramos um equilíbrio entre a dimensão da globalização, da abertura dos mercados e da inter-relação entre atores à escala global. Para Portugal isto é bom, porque, como temos um mercado interno muito pequeno, não faz sentido pensar numa autarcia que pudesse sustentar o nosso desenvolvimento económico. Também é bom termos a consciência de que não podemos ser ingénuos, do ponto de vista daquilo que é o jogo de forças à escala global. Não apenas Portugal, mas a UE. Há aqui uma dimensão de ajustamento que, evidentemente, temos de fazer.   Falou-se muito na necessidade de reindustrialização da Europa. Há a possibilidade de, no caso de Portugal, esta ideia passar também por sectores como a saúde e a indústria farmacêutica? Sim, julgo que sim. Nós podemos não ter um sector com uma dimensão muito grande, evidentemente, mas temos uma taxa de penetração daquilo que é a atividade económica centrada nas diferentes áreas do medicamento, desde os princípios ativos até ao fim da cadeia [de valor], com menor expressão do que a que existe noutros países europeus e há aqui um caminho que pode ser feito. Temos muito boas empresas, competitivas, como a Hovione, na área da produção de princípios ativos, que é uma empresa de reconhecida capacidade a nível global e é uma das poucas que subsiste com centros de produção na Europa e em Portugal, em concreto. Esta é uma das áreas onde ficou mais à vista a questão das cadeias [de abastecimento longas] e da localização das produções com dificuldades. Há espaço para, de forma mais equilibrada, termos condições de uma maior presença em diferentes atividades. A UE tem dificuldades na produção com base em biotecnologia, portanto, há um espaço de intervenção muito alargado nessa dimensão. Estamos mais atrasados do que os Estados Unidos e era muito interessante que à volta também da reorientação a que se está a assistir entre produtos de base química e em biotecnologia termos na Europa e em Portugal um espaço de investimento e de intervenção mais significativo. São produtos em que o cruzamento entre os centros do saber em Portugal, que são bons em algumas áreas e o ponto vista empresarial pode ser feito. Dou um exemplo: o iBET [Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica] participou na conceção de base da vacina da Moderna [da Covid-19]. Portanto, nós não estamos fora do radar das atividades, precisamos é de ter maior massa crítica, maior presença dessas pequenas coisas que vamos fazendo e que não têm a dimensão crítica que é necessária.   Portugal pode captar investimento direto estrangeiro nestas áreas. É esse o caminho, mais do que o crescimento orgânico deste ecossistema? Estamos a assistir a isso pelas duas vias. Estamos a assistir a investimentos significativos das empresas de capital nacional, já presentes no ecossistema, e, também, das empresas que já estão presentes em Portugal e que são de capitais internacionais. Está a haver uma diversidade de investimentos. Julgo que está muito associada, por um lado, a alguma mão de obra qualificada de que dispomos, [mas também] a estabilidade do ponto de vista daquilo que são as condições de presença em Portugal. Há aqui algumas condições para podermos fazer evoluir diferentes áreas deste ecossistema, quer nas fases mais associadas à produção de conhecimento, quer naquelas que depois têm que ver com o valor económico que lhes está associado.   Esta é uma área muito dependente da inovação e os números mostram que o investimento em investigação e desenvolvimento tem aumentado. Disse que somos ainda um sector pequeno, mas já consegue ser relevante internacionalmente na investigação? Sim, em algumas áreas muito específicas. Referi a questão do iBET e da Genibet, que são exemplos muito significativos, mas há outros pequenos centros na área da investigação, nomeadamente associado aos tumores, em que temos uma presença significativa; também temos um centro muito interessante em Coimbra, à volta das questões da visão. Portanto, em áreas relativamente específicas, temos relevância, do ponto de vista da produção de conhecimento, e somos atores reconhecidos ao nível internacional, mesmo que sejamos pequenos. E é esse o mote principal – temos um investimento que está a crescer em I&D [investigação & desenvolvimento], do lado empresarial sobretudo, com alguma dificuldade do lado púbico, mas há espaço para crescer e nós não nos podemos dar por satisfeitos com este crescimento que temos, porque, em termos percentuais, temos um valor de investimento inferior à média da União Europeia e não temos condições tão distintas assim dos outros países, nomeadamente com a dimensão do nosso. Portanto, há aqui um espaço de oportunidade. Muitas vezes se diz que é porque o nosso mercado interno é pequeno ou porque os preços dos produtos em mercado são relativamente baixos, isso tudo é verdade, mas não explica a situação. Também temos outros países, como a República Checa, a Bélgica, em que os níveis dos preços ainda são mais baixos do que a média em Portugal e o número de ensaios clínicos é muitíssimo superior, em média, face à população. Nós temos até um sistema interessante – um protocolo entre a APIFARMA e as autoridades públicas –, que confere algumas vantagens a quem faz investimento em I&D em Portugal versus as contribuições que têm de ser pagas pela indústria. As coisas estão a acontecer, mas estão a acontecer a um ritmo que ainda não é aquele que nós desejaríamos.   Apontou que temos alguma capacidade que podemos explorar. Notamos nas exportações na área da saúde, que na última década duplicaram. O que é que mudou para que tivéssemos esta evolução? Basicamente, mudou o nível de investimento das empresas. Ao mesmo tempo que há essa progressão que é a duplicação do valor das exportações na última década, temos assistido a um crescente nível de investimento das empresas. Digamos que a melhoria das condições ao nível da produção de algumas empresas e alguma especialização naquilo que são as capacidades produtivas que temos – e isto é feito com uma mistura entre empresas de base nacional e de base internacional que aqui se localizaram – é que permitiu essa mudança e esse crescimento. Mas também aí temos de ter mais ambição. Dou muito valor àquilo que é a evolução das exportações, mas nós ainda temos um défice comercial muito significativo na área dos medicamentos, ao contrário da generalidade dos países da UE. Apesar de termos, também, em muitos países, uma dimensão da capacidade de produção não tão elevada quanto isso, normalmente têm balanças comerciais que são equilibradas ou excedentárias. Isso não acontece em Portugal; os últimos números, de 2016, apontam para 1,6 mil milhões de euros de défice comercial, o que é significativo, face à dimensão do nosso mercado. E com algum crescimento das importações, o que é natural. O nosso sistema de saúde é bom; apesar de tudo, os resultados que nós obtemos em saúde são bons e o acesso, que às vezes é muito criticado pelos operadores do mercado, poderia ser mais facilitado, mas não é assim tão restritivo. É por isso que as importações aumentam, sobretudo nos produtos mais recentes, com impacto em doenças que ainda não têm resposta.   Veja a entrevista na integra em jornaleconomico.sapo.pt  

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Não nos podemos dar por satisfeitos com o crescimento que temos” na indústria farmacêutica

May 28, 2021

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